eEDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 17/08/20
Em meados de abril de 2014 iniciamos o projeto de levar ao ar uma analise honesta do que acontece nas administrações públicas do Brasil, de Pernambuco e especialmente Serra Talhada. Sem qualquer pretensão de sermos donos da verdade, procuramos antever as ações e presumir os propósitos embutidos em cada gesto, cada movimentação.
Lá em 2014, segundo ano da gestão Duque, já alertávamos para as promessas feitas e cobrávamos o cumprimento delas. Chamamos a atenção para o uso da máquina em prol de um projeto de poder, quando ocorriam os leilões entre Duque e Sebá, nas chamadas “cooptações”.
Apesar dos alertas que fizemos, da franqueza com que debatemos a pauta política, o prefeito conseguiu se reeleger, mesmo com um débito sem tamanho com a sociedade serra-talhadense no quesito promessas. Em 2016 SAMU já estava parado e UPA24h com obras paralisadas no alicerce e a música de campanha falando delas como se estivessem concluídas e servindo ao povo.
Agora, seis anos mais tarde, continuamos fazendo o mesmo jornalismo franco e objetivo, que tem na sua essência alertar o cidadão livre e independente sobre as manobras e planos dos nossos políticos. Em 2016 nossa luta não foi suficiente para instruir o cidadão a mudar o voto e, assim, paralisar a máquina e evitar a reeleição de um projeto que não mostrou eficiência e eficácia no primeiro mandato, e o qual, prevíamos, repetiria a receita no segundo.
Apesar dos avanços no setor privado, de tantos empreendimentos milionários e da geração de emprego, o setor público continuou o que deu inicio em 2013: fez obras de qualidade duvidosa, demorou a entrega delas, comprometeu a receita corrente liquida do município com apadrinhados e apaniguados e prestou contas, de modo deficitário, do que fez com a arrecadação própria milionária nos seus 8 anos de gestão.
Com o ceticismo que já demonstramos e nutrimos, precisamos dizer que há ainda riscos de que nossos alertas, do TCE, da CGU, assim como as muitas evidências, ainda sejam ignorados e o modelo que está em execução há décadas no município, incondizentes com a importância e pujança da cidade, vença as eleições.
Outra vez está nas mãos do cidadão escolher um caminho novo, com novas práticas ou ser envolvido nesse engodo de que a gestão é progressista e criteriosa e, portanto, precisa ser continuada, outra vez.
O que deve nortear decisões são razões e provas, rumores e evidências têm aos montes, agora resta o cidadão encará-las com a devida seriedade.