EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 06/10/20
Enquanto a lona é recolhida no circo da covid, ela está esticada no picadeiro das eleições e, mais uma vez, o espetáculo tem em nós os palhaços de sempre. O pior é que embora não usemos maquiagem para tal, nem o famigerado nariz vermelho, nos comportamos como esse personagem, sem querer ofender a classe, é claro.
É lamentável constatar, mas o cidadão ou pelo menos parcela considerável, gosta do espetáculo, do foguetório e do discurso encardido. Se esquece rápido do que foi prometido e não cumprido e se deixa impressionar pela ação previsível das gestões no período eleitoral, ou seja, ele ou é inocente ou conivente, afinal a cortina de fumaça é uma pedra cantada durante todo o mandato.
Na gestão de Serra Talhada pode-se ver a olho nu e sem precisar se expert no assunto, que a qualidade das obras de pedra e cal é de qualidade ruim, basta ver como estão algumas e constatar como a depreciação foi precoce. Já a obras de cuidar das pessoas essa foi uma tragédia e que naturalmente não deveria ser esquecida pelo cidadão que passou e passa maus bocados.
Falta constante de medicamentos controlados, remédios estes básicos e baratos, porém o paciente que precisou pegá-lo na farmácia do município sofreu consecutivas humilhações pois quase nunca encontrou. Exames e cirurgias levaram meses e meses, alguns nunca foram autorizados a não ser aqueles em que o cidadão se curvou ao jogo criminoso entre prefeitura e membros do legislativo, onde o vereador aliado do governo fez uso ao seu bel prazer dos recursos para este setor.
Pais e alunos parecem ter esquecido como foram tratados quanto a merenda escolar, nos casos que o veiculo não tinha condições de transportar alunos com o mínimo de segurança. Pais e alunos esqueceram que mesmo após quase uma década de gestão do PT, de Luciano Duque, o fardamento foi distribuído para uma pequena minoria das escolas, só com o propósito de tirar o foco e fazer acreditar que fez.
Muitos cidadãos ignoraram a arrecadação própria de cerca de 60 milhões nos últimos dois anos e bateram palma ou ficaram calados para a contratação de empréstimo de quase 6 milhões por parte da prefeitura, e com aval da câmara, para promover o espetáculo atual do circo eleitoral. O cidadão não se mostra indignado com contas reprovadas, indícios de mau uso do recuso, nem que grande parte do seu dinheiro banque um timaço de aspones que nãos servem a sociedade.
Passada a histeria, voltando a normalidade numa nova gestão de atrasos, malfeitos e obras de qualidade ruim. Quando faltar médicos e remédios, o mesmo cidadão vai bradar aos quatro contas do município sua insatisfação e vai fingir que não tem culpa. Vai querer responsabilizar aos outros pela colheita daquilo que ele mesmo plantou.
Ainda dá tempo de não ser cúmplice, de escolher outros caminhos, de não carregar nenhum peso na consciência, se é que exista alguma. Acordem e deixem de ser reflexo dessas gestões irresponsáveis e criminosas.