MÉDICA DO MUNICÍPIO DE ST PERDE A PACIÊNCIA E DENUNCIA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
A médica psiquiatra, Klenya Mourato, que atende na Unidade de Saúde da Família (USB) do bairro Borborema procurou um órgão de imprensa local para denunciar o descaso por parte da Secretaria de Saúde com o posto, afirmando que não havia equipe de serviços gerais para realizar a limpeza diária da unidade.
É mais uma denúncia contra a Secretaria de Saúde do Município, sendo que, geralmente as denúncias partem da população, agora no entanto partiu de uma profissional médica do Município.
Além dessa denúncia, a médica afirmou que costumava limpar a própria sala de consultório e que a falta de remédio e a demora para conseguir exames para os pacientes fez ela tomar esta atitude de expor os problemas passados pela comunidade em relação à saúde pública.
“Nós sabemos que vem verba para manter uma equipe completa para o posto de saúde. O banheiro é impossível de entrar, não tem pessoa para limpar o posto, só agora depois de 2 meses é que está vindo uma pessoa para limpar o posto uma vez por semana. Como médica, eu estou sendo a faxineira, a gente tem que lavar a própria sala, limpar varrer, sacudir e não e só aqui, todos os médicos do ‘Mais Médicos’ passam por isso. Nossos salários atrasam e nos fazem de empregados manuais do posto. A gente tem que lavar banheiro, tem que fazer tudo”, denunciou a médica, arrematando:
“Os pacientes reclamam que os exames nunca chegam. A gente solicita e os exames demoram, e muitas vezes não vêm para o paciente, falta remédio. A gente encaminha o paciente para um especialista e o que mais rápido consegue é em 6 meses, mesmo a gente falando que é urgente. ”.
As denúncias da profissional joga por terra as constantes alegação da Secretaria Municipal dizendo que não procede a reclamação da população, como também as propagandas da Gestão onde apresenta a Saúde do Município como exemplar e de referência.
“Eles vão dizer qualquer coisa, e é claro que vão chamar a médica de louca por querer mostrar a realidade da saúde daqui. Alguém tinha que arregaçar as mangas. A gente já vem denunciando isso para própria secretária de saúde há séculos. A gente faz reunião, a gente manda e-mail. Se irritam quando a gente cobra, como se fosse um favor, se irritam se a gente pede uma pessoa aqui para limpar o posto. A gente fica refém”, desabafou a psiquiatra.
Ela lamentou o fato de que muitas pessoas que não tem problemas de saúde sérios conseguem com facilidade os exames, enquanto pacientes carentes da comunidade precisam esperar meses ou até anos para serem atendidos por um especialista.
“Chegou o limite, não adianta conversar com a secretária de saúde, não adianta se reunir e mandar várias mensagens para ela porque nada acontece. A gota d’água foi a paciente com 3 anginas e a médica pedir a secretária para conseguir com urgência um exame para essa paciente e a secretária negar”… disse Klenya.
A SECRETARIA DE Saúde de serra Talhada não se calou diante das denúncias e enviou nota para imprensa que a limpeza da UBS do Borborema vem sendo efetuada, mas reconhece que ‘rateada’ com outra Unidade de Saúde e diz que tem em seu projeto um certame para Auxiliar de Serviços Gerais. Informa também que não há pendencias de exames laboratoriais da UBS Borborema, desmentindo assim a denúncia da médica e sobre Em relação ao encaminhamento para especialista: Cardiologia. Não houveram impedimentos nos procedimentos legais de encaminhamento de pacientes para a rede especializada. Ocorre que a marcação deste paciente, deve cumprir os procedimentos fixados pela Coordenação de Atenção Primária. Ingresso na Central de Regulação, ou aguardar o encaminhamento do malote da Unidade para a Central de Regulação. No caso referenciado, informamos que a paciente atendida, já teve sua marcação realizada para a devida solicitação médica.
Sobre a alegação de falta de medicamentos a nota diz que não procede a falta de medicamentos ou qualquer tipo de insumos na presente Unidade de Saúde. Todos os estoques e abastecimento da farmácia encontra-se com os seus devidos suprimentos e dispensação regular.
Finaliza dizendo que é totalmente descabido a alegação da Profissional de medicina sobre atraso nos pagamentos, visto que o vínculo contratual da mesma é instituído pelo Programa Mais Médicos do Governo Federal, sendo pega pelo repasse do respectivo Programa, não havendo vínculo contratual com o Município. Do mesmo modo, informo que o Município não há atraso salarial em seu exercício mensal.