EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 17/02/21
Por onde anda a meritocracia?
Começo de gestões municipais e o que se vê é um festival de nomeações de figurinhas conhecidas. Diversos governo fazem aquilo que a gente faz trocadilho: gestões “trás parente”. A irmã de João Campos, prefeito do Recife, nomeada no Estado, a mãe do ex-prefeito Gerado Júlio nomeada na prefeitura. É lá e lô!
A pisada é a mesma no Pajeú. A mulher de Marconi Santana, prefeito de Flores, Lucila Marques Santana, segue no comando da Secretaria de Turismo e Eventos. Em Carnaíba é a mesma coisa, a Secretaria de Educação é comandada pela primeira dama Cecília Patriota.
Em Serra Talhada, Lisbeth Rosa, sogra da prefeita Márcia Conrado comanda a importante pasta da saúde.
Estes são apenas alguns exemplos de muitos Brasil a fora. O ato não é visto como ilegal pelo STF, mas certamente como imoral por cidadãos que veem as oportunidades serem canalizadas para famílias ou grupos.
O curioso é que estes protegidos são super dotados de extrema capacidade, servem para toda obra. Vejamos a nomeação do ex-coordenador da 19ª Ciretran em Serra Talhada Cacá Menezes. Antes no importante órgão de trânsito, ele foi nomeado nesta terça (16) para o cargo de Gerente Geral da Secretaria de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, ou seja, pronto para o que der e vier!
Nada pessoal contra nenhum dos citados, foram usados nesta matéria apenas como exemplos de que como a montagem de um governo não privilegia o mérito, a capacidade, mas o outro QI (quem indique).
Mas e os resultados destas indicações? Umas podem até corresponder, outras vão fazer o “inrolation” ou serão assessorados por alguém capaz, para que alguma coisa produza.