EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 14/10/2021
Ontem aqui falamos sobre o que mais influenciaria no resultado das eleições presidenciais do ano que vem: a Covid ou a inflação?
Pois bem, vejamos:
É claro que a Covid se continuar em baixa sua propagação poderá sim ser contabilizado como uma vitória do governo, ou do presidente Bolsonaro, que mesmo sendo criticado, deu condições para que o Ministério da Saúde executasse sua política sanitária e assim, para desesperos de tantos, os resultados estão aparecendo.
A pandemia entrou na questão porque é sabido que foi ela que acabou derrotando o presidente americano Donald Trump, e, parte da nossa imprensa e alguns políticos enxergando isso, maximizaram toda problemática nossa e acreditavam que aconteceria o mesmo por aqui… mas, os dias foram passando e acabaram perdendo o discurso.
Um dos fatos que levou a oposição mirar o presidente da República e acusa-lo de integracionista e outros adjetivos, foi exatamente por ter ele (o presidente) alertado que o ‘fique em casa’ poderia trazer problemas sérios a economia. Segundo ele era necessário continuar as atividades para que a população não viesse a ‘morrer de fome’.
Pelo visto tinha lá suas razões, e tendo dito isso prevendo dificuldades no campo da economia para sua reeleição ou não, com certeza, agora em 2022, o empobrecimento da população pode ser seu principal adversário.
A inflação cresce e vem corroendo o poder de compra do cidadão, que cada vez mais se vê obrigado a abrir mão de gêneros alimentícios antes considerados obrigatórios na mesa, como a carne, por exemplo.
A crise é mundial.
Os Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido já começam a executarem políticas visando combater a inflação em seus países.
A argentina, aqui vizinho, tem hoje a quarta maior inflação do mundo.
Ou seja, a pandemia acabou ‘venezualizando’ o mundo inteiro.
Quando dissemos que isso pode prejudicar o projeto de reeleição do presidente é exatamente porque a população tende a apontar como culpado o ‘governo’.
É quem primeiro enxergam.
Cabe então ao governo saber explicar didaticamente toda problemática. Mostrar que a crise é mundial, e resgatar seu discurso onde alertava lá atrás que as medidas exageradas do fecha tudo que poderia nos trazer para este quadro.
Os oportunistas certamente irão se apropriar da crise… da inflação, da fome do povo para apresentar fórmulas milagrosas e se apresentarem como salvadores da Pátria.
Mas não é bem assim.
Não existe fórmulas mágicas.
A alta dos preços dos alimentos é o fator que está provocando maior impacto no bolso do brasileiro. É o que está divulgado no levantamento do Instituto Paraná Pesquisas: Quase a metade dos entrevistados apontaram os reajustes nos supermercados como principal
A crise está sendo cruel com as famílias de menor poder aquisitivo, forçadas a buscar substitutos para a carne, como pé, pescoço e miolos de galinha. Sem falar na triste e chocante cena das famílias formando filas para conseguir doações de ossos descartados em açougues.
Isso impacta na opinião pública, e o governo que aí está, terá que saber explicar direitinho a população para não ter que ‘pagar o pato’. Terá que apontar o dedo e mostrar onde estão os culpados: o congresso e o judiciário, que na maioria das vezes, por estarem focados apenas em seus interesses, a despeito do que passa população toma suas decisões extravagantes.
Pois bem.
A inflação… a crise, a fome, a pobreza, poderá ser o principal personagem da campanha política que se aproxima.
Estejamos atentos para que os inescrupulosos não queriam nos comprar pela barriga.