EDITORIAL DO X DA QUESTÃO
Para quem acompanha política não é novidade nenhuma o fracasso da segunda gestão de políticos reeleitos, no caso específico de presidentes, governadores e prefeitos.
Já é uma praxe que o desempenho dos gestores no segundo mandato fique bem abaixo do esperado, mas, mesmo assim, impulsionados pela força da máquina que administram, a grande maioria dos que tentam reeleição acabam conseguindo vitória, um fato que se deve atribuir a displicência, vamos chamar assim, do eleitorado.
Na quase totalidade os eleitores são movidos muito mais pelas benesses que conseguem do gestor do que pelos serviços prestados para comunidade como um todo.
Pois bem, como foi dito, é notório e esperado um segundo mandato com atitudes muito inferior ao primeiro, mesmo o primeiro mandato tendo sido sofrível, vale aí o dito popular de que ‘nada está tão ruim que não possa piorar’. Esse dito cabe bem para atual administração da prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado.
A primeira gestão da prefeita não foi lá muita coisa, mas, se comparada ao seu antecessor, acabou se sobressaindo e sendo considerada razoável. Nada de encher os olhos, mas melhor do que o passado.
E sem olhar para a fragilidade de sua primeira gestão, os serra-talhadenses lhe manteve na cadeira, e ela veio para segunda gestão.
Para os que acompanham de perto, motivo de temor, já esperando algo ainda mais sofrível que a primeira gestão, só que, na esperança de que pelo menos no início da sua segunda passagem pelo executivo municipal, pelo menos no início, apresentasse alguns pontos positivos. Ficou só na esperança, já desde o primeiro dia a prefeita mostrou que não tinha voltado pensando em corrigir falhas e emplacar uma gestão mais exitosa, nada disso! ela já no início demostrou que ficava tudo como estava e segundo ela “time que está ganhando não se mexe’. Só que este ganhando aí é só na visão dela e da cúpula que lhe acompanha e que lhe aplaude independente de qualquer coisa, o que importa para estes, é manterem-se nas tetas do poder.
E olhem aí como estamos: Serra Talhada está um caos…, mas um verdadeiro caos. Não há gestão. Não há projeto de governo, o projeto que existe é apenas um: eleger Breno Araújo, marido de Márcia Conrado deputado Estadual, algo que ela colocou na cabeça e se agarra com unhas e dentes, e pelo visto com razões, afinal, como dizem no meio político local, é sua sobrevivência política.
Como político tem uma visão periférica comprometida, Marcia não está enxergando que este projeto de fazer o marido deputado não decolou nem vai decolar. As chances são mínimas, basta ela parar de escutar a meia dúzia que lhe rodeia e escutar a população. Ninguém sabe quem é Breno Araújo, e desgostosos como estão com a gestão da prefeita, chamais vão atender seu pedido.
Ela (Màrcia) está fazendo de tudo, até mesmo cometendo irregularidades, para não dizer crime, como o que foi declarado pelo presidente da Câmara de Vereadores de São José do Egito, que em uma entrevista em rádio acabou revelando que estava apoiando o marido de Marcia pela atenção que o povo da sua cidade vinha recebendo da Saúde Pública de Serra Talhada, através de Breno, que não tem cargo nenhum na prefeitura, mas que sua mãe, sogra da prefeita tem, é secretária de Saúde.
A revelação do vereador caiu como uma bomba, mas a prefeita de Serra Talhada não está nem ai, continua na sua saga para eleger o marido, não está nem ai para as reclamações diárias com os serviços da saúde pública do município, como falta de médico nos postos, falta de medicamentos, denúncias de apadrinhamentos no TFD e etc… nada importa para Márcia, nada mesmo, o que importa é a pré-campanha de Breno.
A cidade está abandonada, ruas esburacadas, falta de lâmpadas em postes, obras inacabadas, fornecedores sem receber seus pagamentos, e por aí vai, mas nada atinge a prefeita que esqueceu de governar para apenas fazer política.

