EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 01/07/20
Um ano e seis meses do governo Bolsonaro e podemos fazer algumas análises, não de sua gestão, mas do que está escancarado com sua vitória. A maioria que decidiu mudar os rumos do País pode não caber no rótulo de conservadora, porém com toda certeza ela é consciente e quer distancia do modelo que antecedeu, pois este, ficou claro, nutria profundo apreço pela gama de crimes na administração pública como está mais do que provado para bom entender.
A rachadura que dividiu o Brasil nãos e pode dizer que é culpa de discursos radicais ou coisa do gênero, mas sim deve-se a falta de esperança de grande parcela da população nos instituições do Estado Democrático de Direito, por isso, segue a linha do Presidente da República que já teceu critica a entidades como OAB e instituições como o STF.
Se deixarmos de lado a maneira como fala o presidente, que pode desagradar a engomadinhos fabricados na concepção do politicamente correto, do rouba mais faz, vereamos que a história recente depõe muito contra os instrumentos do tal Estado Democrático de Direito. Fica exposto que, quando houve interesse comum entre eles, muita maracutaia foi feita, sustentada por teses, defendida por termos jurídicos que, aos olhos e ouvidos de leigos, pareceu ser tudo justo e legal.
O temor dos mais atentos é que ao abrir o paciente chamado Brasil acometido do grave câncer da corrupção, descobrimos que órgãos vitais para a democracia, que pareciam saudáveis, estavam também atingidos pela doença. Podemos fechar os olhos e dizer que é exagero, mas na verdade o estado da doença é avançado, é o que chama a medicina de metástase, logo pode-se até postergar a morte, porém é impossível evita-la.
Falar em intervenção militar ou dissolução de entidades como o STF parece um ataque a democracia, e até seria, caso ela não estivesse cancerosas e a beira da morte. Nestas circunstâncias modificar, transplantar órgãos saudáveis pode ser uma mineira de cura ou de sobrevida com chances menores de reaparição do câncer. Contudo as células que se alimentam do atual estado, resistem aos conquisteis propostos e mostram disposição de lutar para deixar tudo como está. Para isso ouviremos muito ainda de “em defesa da democracia”, em defesa da “liberdade de expressão” e semelhantes.
A verdade, meus amigos, é que ou abraçamos o tratamento radical, transplantamos quantos órgãos forem necessários, mesmo correndo os muitos riscos colaterais ou nos preparemos para o fim, para a morte anunciada, Lenta, dolorosa, angustiante.