EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 02/11/2022
O que poderemos esperar de 2023 e do novo governo que se instalará no País? Esta resposta podemos ter um ideia da resposta olhando para o passado não tão distante, e baseando-se pela intenção já sinalizadas pelo presidente eleito, Lula.
Primeiro é importante avisar ao lulista que ele mesmo reconheceu que venceu eleição no passado com um discurso e governou com outro. Criticava as medidas adotadas pela gestão anterior, de FHC, mas manteve grande parte delas, em suma maioria na economia, tendo até repetido nomes que compuseram a gestão do tucano.
Então é importante dizer que promessas, como revisão de salário mínimo, picanha e cerveja, tem muitas chances de terem sido apenas metáforas, capazes que iludir aqueles mais incautos. Com um cenário ainda desafiados, na contramão da expertise das gestão do PT em gastar muito, é só lembrar o rombo deixado por Dilma Roussef, o Lula da picanha deve sair de cena e entrar aquele que em 2015 disse o pobre deveria comer arroz sem carne.
O financiamento de ditaduras, sob o pretexto de que estaremos exportando tecnologia para o exterior, é possível que obras como de saneamento pactuadas pela gestão atual, sejam impactadas e, diferente do que vimos nos últimos 4 anos, elas retornem ao padrão anterior, caras e fora do cronograma, custando mais, muito mais do que o que havia sido previsto inicialmente.
A ideia de Estado mínimo e a adoção de mecanismos que impulsionem o empreendedorismo devem perder força. No seu lugar deve ganhar a ideia de Estado máximo, nutrido pelas forças dos que mais produzem para sustentar programas eleitoreiros, sem eficácia social nenhuma, mas alienadores. Para cada dificuldade, uma nova CPMF ou algo do tipo poderá ser inventado, aprofundando cada vez mais a mão no bolso do contribuinte, isso até que ele entre em colapso. Os mais ricos poderão ser taxados, diminuírem seus lucros, por sua vez os investimentos e isso vais em dúvidas impactar a atual crescente geração de empregos.
Sem empregos, sem capacidade de consumo, sem consumo baixa arrecadação, para compensar a baixa a arrecadação, afim de manter a políticas insustentáveis, novas alíquotas, taxas e impostos, com elas a sonegação, a quebradeira, o desemprego e o desalento.
Maquiagens como programas pontuais, no estilo PAC, poderão iludir aos mais desatentos, como aconteceu no passado. Dar um boom por um curto período e depois deixar os rastros da falta de projetos e da apropriação indébita.
O passado é nosso farol, ele está iluminando o caminho que talvez trilharemos, isso aliado outras decisões ideológicas que continuarão a nos dividir, a colocar negros contra brancos, héteros contra homos e etc. Fragmentada, a sociedade perde força contra farsantes e o sistema democrático caba por ser burlado, pois nem sempre a vontade da maioria será de fato respeitada.
O futuro não nos inspira, mas nos instiga a manter a vigilância, a não baixarmos a guarda na exigência daquilo que está expresso na nossa constituição. Pode ainda estar distante do que almejamos ou merecemos, mas o resultado de muitas decisões da atual gestão nos fez enxergar que o Estado pode mais, quando não atrapalha e passa a ser mero fomentador e não ator principal em muitas questões.
Sementes importantes foram semeadas, se no futuro formos atingidos pela sanha do próximo governantes em tomar nossas armas, de fogo ou de livre expressão, nos impor seus desejos sórdidos, como em pautas abortistas e de flexibilização com do mundo crime, acreditamos que as sementes dos padrões morais e éticos terão germinado e serão eles que nos levarão para o embate outra vez no campo de batalha, por uma verdadeira defesa da democracia.