EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 03/08/2023
Até parece que temos bola de cristal, mas não é nada disso, é simplesmente ser coerente e fazer comentários observando-se a lisura de todos os acontecidos.
Quem acompanha o X da Questão vai lembrar que muitas e muitas vezes criticamos aqui o comportamento de certos gestores municipais, que ligados a outros órgãos, não conseguiam separar a tênue linha que separa o público do privado.
Não condenamos que alguém ligado a um organismo venha a ocupar um cargo público. Condenamos e criticamos quando vemos o aparelho público ser usado para ‘catapultar’ o aparelho privado. Quando se mistura as administrações e aí, um passa a ser extensão do outro.
Não daremos nome a gestores ou mesmo aos organismo, envolvidos, basta citar que vemos agora, preocupados e lamentando a situação de um destes organismo que expandiu-se, ganhou projeção nacional, enquanto o aparelho público similar, definhou, perdendo inclusive o seu protagonismo e importância, até mesmo a nível municipal.
Observamos o tempo toda esta manobra.
Diversas vezes comentamos aqui na bancada, alertamos que não poderia ser assim, que estavam ultrapassando o que chamamos de linha tênue, e exatamente por ser tênue, deixava de ser observada.
Vimos com tristeza aparelho público, que já havia sido referência até mesmo a nível nacional, encolher-se e passar a sobreviver de migalhas de um outro aparelho privado, mas que era este do interesse do gestor que trafegava nestes dois mundos.
Agora vemos com preocupação que o aparelho privado pede socorro. O Antes poderoso e imponente aparelho, detentor de toda pauta que deveria ser do município, mas que o gestor público, encampou para beneficiar sua instituição, e agora, não está conseguindo sobreviver longe das verbas públicas, não está conseguindo manter-se sem o dinheiro de nós, contribuintes.
Não gostaríamos de ver perecer este aparelho, mas não tem como não dizer que alertamos. Que não estava correto o uso da máquina pública para se beneficiar, através de sua fundação, fato confirmado agora com este pedido de socorro.
Bastou deixar o poder, deixar a gestão pública, e está aí nas redes sociais alardeando crise, e até mesmo o fechamento do aparelho, que somos sinceros acreditamos existir aí um certo exagero. Certamente acumularam gorduras para sobreviverem por conta própria, mas, mal-acostumados como estavam de recursos fácies, não estão sabendo ir buscar em outras fontes… e fica realmente mais difícil agora buscar estas fontes. Secaram as fontes, do município, e do Estado.
Mas uma vez vamos repetir, vemos nisso tudo nesse pedido de socorro a nível nacional em sensacionalismo, que pode até render bons dividendos, mas continuamos dizendo, vemos com ceticismo essa movimentação
De qualquer forma lamentamos, mas vamos repetir: nós avisamos, e agora, esta campanha em prol de ajuda é apenas o atestado assinado de que estávamos corretos.