EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 03/09/20
Apesar de constantemente estarmos assistindo nos noticiosos escândalos e mais escândalos promovidos por políticos, não podemos deixar de dizer que ainda nos surpreendemos com tudo isso.
Há alguns anos, o Brasil inteiro assistiu ao nascer de um novo tempo, com as ações desenvolvidas pela Operação Lava Jato. De repente, pela primeira vez na história do país, vimos ‘engravatados’ irem para o xilindró.
Vimos finalmente que a justiça tinha braços longos sim, e que alcançavam aqueles que se sentiam inatingíveis, aqueles que tinha a certeza absoluta que chamais poderiam apontar-lhes o dedo e chamá-los de corruptos e ladrões.
Mas vimos.
Grandes empresários, políticos de renome, até mesmo ex-presidente acabaram enjaulados devido aos seus malfeitos, devido o mal que causaram ao povo.
É claro que uma claque alienada ainda gritou, e até gritam e querem de toda maneira defender uma inocência indefensável.
Pois bem, este foi momento de êxtase do povo… o momento em que se acreditou que: agora sim, a coisa vai mudar.
Mas, tem um ditado que diz que “alegria de pobre dura pouco”, e aí, o povo, que nesse caso pode ser o pobre, começa a assistir o desmonte de toda esta ilusão.
O desmonte já vem lá de trás e conta com a participação de vários atores, políticos e no judiciário.
Infelizmente, e dizemos isso com profundo pesar, vimos o executivo nacional, que lá chegou surfando no discurso de justiça da Lava Jato, participando dessa manobra que tem um único objetivo: dar continuidade a roubalheira… a safadeza.
Ontem, toda equipe da força-tarefa da Lava Jato de São Paulo pediu demissão e apontaram os motivos: a interferência do Procurador Geral da República, aliado do presidente nos trabalhos da força-tarefa, e que não esconde (O procurador Geral) seu desejo de acabar com a operação Lava Jato, mesmo os procuradores alertando que tem muito trabalho ainda a ser feito.
Aí perguntamos: porque isso?
Porque essa necessidade de se proteger criminosos?
Nesse conluio estão políticos de rabo preso e a mais alta corte do país, que também tem seus rastros nos desfeitos desta nação.
Pois bem, não seria a hora do povo, por meios legais, ascenderem ao poder?
Quem sabe assim, com o povo, e aqui nos referimos a pessoas comuns, sem amarras, sem vícios políticos, sem ambições milionárias, desprovidos do desejo de se locupletarem de cargos, e mais ainda do erário público, então quem sabe assim não se estanca essa sangria desatada.
Chega de negociações de grupos, que já, antes mesmo de ascenderem ao poder, dividem cargos, repartem verbas, loteiam o serviço público, como se fosse concessão sua, sem se importarem como os verdadeiros donos, no caso a população, estão pensando, ou necessitando.
Será que não é esta a hora de se plantar a semente sadia… a semente que deve brotar, germinar e assim dar frutos imunes, resistentes as tentações do poder?
Queremos acreditar que a hora da semeadura é agora, pra logo em breve partimos para colheita.