EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 04/05/2022
O povo brasileiro amadureceu no tocante a analise da política, isso talvez deva-se ao endurecimento nos embates, acentuados de 2018 para cá, o que trouxe [e continua a trazer] luz para muitas situações que antes eram inquestionáveis. Qual o verdadeiro papel das instituições? A imprensa faz o seu dever neste choque, colocando os fatos em pratos limpos? A resposta é que há muita coisa fora do lugar, esquecendo suas prerrogativas e atribuições constitucionais.
Amadureceu também a percepção das políticas públicas fajutas, propostas ou implementadas por partidos progressistas, com objetivos imediatistas e carregadas de concepções de reparação e não de estruturação. Este tipo de modelo, no estilo Lula, Arraes e tantos outros, gasta os recursos do contribuinte bancando um Estado fracassado e ineficiente.
Desde a redemocratização, vivemos a falsa dicotomia apresentada à nação como opções distintas, me refiro a PSDB e PT. Irmãos siameses, nascidos das mesmas ideologias e que bebem na mesma fonte, mas protagonizaram um teatro de baixa qualidade, induzindo o povo a acreditar que eram antagônicos, quando na verdade, fosse qual fosse a escolha do eleitor, o País trilharia um caminho previsível de faz de conta.
Depois que Bolsonaro atirou toda a “mercadoria” no ventilador, fez as pessoas pensarem sobre não apenas as disputas nacionais, mais também em seus estados e municípios. Mesmo com o Establishment trabalhando duro para manutenção conveniente do modelo atrasado, isso pode ser visto na postura agressiva da imprensa, no juízo inconstitucional de ministros do STF, na apresentação de números escandalosos por institutos de pesquisa.
Em Pernambuco nestas eleições, PT e Solidariedade, de modo combinado ou não, oferecem a população a opção do tacho e do fogo. Depois de 16 anos de PSB, com denuncias de crimes contra administração pública envolvendo especialmente Eduardo Campos [morto em acidente aéreo em 2014], passando pelo inegável desastre de Paulo Câmara que deu sequencia ao modelo de Campos e, assim como fez Miguel Arraes de Alencar no passado, leva Pernambuco para os piores índices na economia, segurança pública, previdência e etc.
Votar em Danilo Cabral ou Marília Arraes é continuar com o modelo desastroso, de um Estado grande, inchado de apadrinhados e apaniguados ocupando todas as esferas, esparramados em todas as estatais, custando caro e devolvendo um serviço ruim, como ocorre com o abastecimento d’água [onde só 52% dos pernambucanos tem água com frequência nas torneiras] e com as estradas, feitas de material duvidoso, com durabilidades curta e suscetível ao “esburacamento” [também estamos entre as piores do Brasil].
Na ordem de aproximação com o jeitinho PSB de desgovernar, seguem Raquel Lyra, que é incapaz de esconder a influencia de Eduardo Campos na sua maneira de fazer política. Com discurso feminista e com linguagem muito voltada a lacração. Depois vem Miguel Coelho, que esconde Bolsonaro dos feitos de sua gestão em Petrolina [embora todo mundo saiba], mas que, apesar de pertencer a uma oligarquia, como todos os outros, parece ter uma visão profissional de governar, o que pode ser muito bom para o nosso estado.
Por último vem Anderson Ferreira, presidente do PL, e que topou defender o legado do governo Bolsonaro, mesmo sabendo do aleijamento da visão dos pernambucanos pela ótica fantasiosa do lulismo, pois o governo e praticamente todo os aparelhos do estado tentam vender o governo Lula pela ótica distorcida de que foi um governo de conquistas [na verdade há muita manipulação de dados paras e chegar a isso].
Apesar de certas proximidades e notórias inspirações dos modelos fantasiosos de Eduardo, Arraes e Lula sobre Raquel, Miguel e Anderson, onde políticas de governo agradam o eleitorado no curto prazo [ e conta-se com a memória curta a longo prazo] é possível dizer que existem ganhos em Caruaru, Jaboatão e Petrolina, respectivamente, que também apresentam DNA’s próprios e interessantes para serem implantados a nível de Pernambuco.
Uma coisa é certa: Danilo e Marília, além das questões já exploradas 6º parágrafo, são inexperientes como gestores. A neta de Arraes tem dois mandatos no legislativo [vereadora do Recife e deputada federal], já o pré-candidato dos Campos teve uma passagem pelo secretariado de Paulo Câmara com resultados ruins e premiados com reprovações de contas pelo TCE. Enquanto isso, Raquel, Miguel e Anderson têm cada um 2 mandatos [não concluídos devido a desincompatibilização do cargo para concorrerem] anos a frente de municípios populosos e com problemas semelhantes aos de Pernambuco.