EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 04/07/2024
É notório que a prefeita Márcia Conrado vem levando vantagem, pelo menos nessa primeira etapa para as eleições deste ano.
Ela soube aproveitar bem a pré-campanha, e fazendo uso de um artifício que herdou do seu sucessor, promoveu inaugurações de diversas obras que realizou durante sua gestão.
Muitas das obras até já estavam prontas, mas que a inauguração foi deixada para este ano eleitoral, para causar mais impacto, é claro.
Outras obras, lamentavelmente estavam se arrastando, aí, receberam um combustível extra para que fossem concretizadas e também entregues neste ano. Esta é uma prática condenável, pois, os aparelhos que estavam em banho-maria já poderiam estar servindo a população, que é quem na verdade paga a conta toda.
Essa prática, como dissemos, ela aprendeu com seu professor, seu ex-padrinho político Luciano Duque, que sempre foi perito neste tipo condenável de política, mas é necessário que se diga, que não se pratica apenas por aqui, é uma pratica nacional, usada em todos os municípios do país… infelizmente.
E, mais uma vez infelizmente, tal prática só se perpetua porque o cidadão permite, porque aplaude e deixa ser levado pelo engodo.
Por tudo isso, exatamente por estar com a caneta na mão, por ter esse trunfo que citamos, é natural que Márcia esteja liderando esta corrida, por isso e porque seu principal adversário, exatamente aquele que lhe levou ao poder, prepontetemente e arrogantemente, acreditou que de fato era ‘o cara’. Que seu estilo de fazer política, lhe daria a vantagem, que ele, somente ele acreditava ter. Esqueceu que os tempos são outros, que a caneta não estava mais na sua mão, e aí, foi metendo os pés pelas mãos e em vez de ‘ajuntar’, como se diz na política local, só conseguiu ‘espalhar’.
Começou quando este seu estilo, criou um clima insustentável junto a sua afilhada política. Ele, como em quase todos os lugares por onde passou, disseminou a discórdia para minar a gestora, que ele colocou lá na certeza que ela apenas guardaria sua vaga, e, diante da certeza que ela gostaria de continuar na cadeira, ele usou da sua tática do ‘fogo amigo’.
A prefeita, espertamente se segurou e deixou que ele próprio se fosse o atingido nesse fogo amigo. Deu certo a tática da neófita prefeita. Duque acabou se revelando como traidor da aliança e não deu outra: rompimento.
Saiu desgastado de tudo isso, é verdade, mas como já dissemos, ele acreditava no seu ‘taco’. Na sua tática da política da discórdia, procurando jogar seus adversários um contra outro.
Mas exagerou. Ele começou criando, arestas dentro do seu partido, o Solidariedade. Se sentiu no direito de não dar nenhuma satisfação as lideranças do partido, afinal ele próprio se achava o líder maior. Mesmo alertado da sua conduta um tanto quanto suicida ele continuou e acabou ficando sem a sigla para apresentar sua candidatura. Outro grande desgaste. Restou-lhe a opção de lançar o filho como candidato, por outro partido, pelo Podemos. Sabidamente havia filiado seu pessoal ao Podemos, e não ao Solidariedade, afinal sabia o que estava fazendo e previa, mesmo que remotamente, que poderia estar sendo fritado. E foi.
Ele só não levou em conta de que o tempo dos coronéis passou. Que o povo, falamos os eleitores e não esse grupo que lhe rodeia, não aceita mais imposições. Candidatos tirados do bolso do paletó, que vão apenas fazer o que seu chefe, e no caso aqui, seu pai ordenar.
É claro que eleição é eleição. Só quando as urnas forem abertas é que se sabe o resultado, mas até aqui o cenário não é bom para Duque. Até para emplacar um nome na vice do seu filho teve que usar da intervenção do seu pai, respeitado empresário local. Pelo visto mesmo aqueles que o rodeia não estão muitos seguros da vitória, se estivessem, teria pretendentes até demais para o cargo.
O verdadeiro candidato, o jovem Miguel Duque, até agora não conseguiu dizer pra que veio ou vem, só quem fala é o pai…parece até que o candidato é ele.
Existem outros candidatos nessa disputa, que gostaríamos criassem mais musculatura nessa segunda fase da campanha. Seria salutar para todos. Com certeza os cidadãos agradeceriam por terem outras opções de escolha, mas não se pode negar que o quadro é polarizado.
Sendo assim, mesmo estando na liderança, é bom a prefeita atentar para diversos problemas da sua gestão que poderão pesar na reta final.
Agora já vai acabar a farra das entregas e inaugurações de obras, então, sem alarde é preciso que muitas demandas sejam atendidas.
Continua uma grita geral quanto a situação da buraqueira em diversas ruas, atualmente as maiores cobranças são direcionadas ao anel viário, ali em frente ao shopping e suas imediações.
É preciso também que Marcia tire um pouquinho do seu tempo para atender algumas classes, como os professores por exemplo.
É inadmissível que durante todo este tempo ela tenha ignorado os ofícios dos professores solicitando um encontro.
Isso pesa negativamente.
Como se vê, ainda existe um caminho a trilhar, e de agora em diante, até o dia da votação, muita coisa vai acontecer. Serão judializações, serão acusações, tomadas de partido e etc.
Chegou a hora do ‘só não fui teu pai porque não quis’ e outras coisas mais. Às vezes, na justiça um grupo consegue fazer outro retirar o que disse, mas se lembre que palavras ditas não retornam, mesmo retiradas ainda ficam ecoando.