EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 04/08/20
Não seria nenhuma leviandade ou injustiça se disséssemos que temos a impressão de que o Supremo Tribunal Federal é leniente com o crime, esta mesma expressão foi usada pelo ministro Barroso para descrever a relação do colega, Gilmar Mendes, com criminosos poderosos deste País.
Entendemos e compreendemos que, apesar das diferenças que existem entre os ministros, eles se defendam e sejam corporativistas, é uma maneira de se blindar, porém isso não impede de que a sociedade, como nunca antes na história desse País, observe os pesos e as medidas, a seletividade do STF.
Rigoroso com o que chama de fake News, embora seja suspeita a investigação pelo modo como ela se deu, a suprema corte libera marginais das prisões, impede ações da polícia nas comunidades cariocas e vive a maior crise do poder judiciário desde a redemocratização. O período com Toffoli no comando tem sido o que a corte mais agiu de modo totalitário e que mais se opôs a sua referencia, a Constituição de 1988.
Não sabemos onde os conflitos entre os poderes, especialmente Judiciário e Executivo, vai dar. Diante dos crimes cometidos pelo supremo sob a alegação de combater possíveis crimes, a coloca em saia justa.
A decisão sobre prisão em segunda instância, o que beneficiou diretamente Lula, além de muitas outras medidas tomadas naquela casa contrariando o seu papel de ser guardiã da constituição, só mostra que há e sempre houve, interferências da doutrina daqueles que indicaram esta atual composição. A corte tem lado e está evidente e se posiciona em favor dos seus indicadores e contra a carta magna.
Não podemos supor que desdobramento podem ocorrer, pois o cometimento de ilegalidade tem tirado a supremacia da corte e aberto precedentes perigosos, pois os demais poderes que sustentam a nossa democracia diante do aviltamento praticado pela STF, pode também se utilizar de meios não democráticos para combater as injustiças possivelmente praticas pela “justiça” brasileira.