EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 04/09/23
Pernambuco, um estado com um potencial econômico e cultural rico, tem sido palco de experimentações políticas ao longo das últimas décadas. Em um período que abrange 16 anos de gestão do Partido Socialista Brasileiro (PSB), liderado por figuras como Eduardo Campos e Paulo Câmara, o estado tem acumulado índices alarmantes de violência e desemprego. Essas políticas assistenciais, que buscam atender as demandas mais imediatas da população, revelam-se insustentáveis a longo prazo e ameaçam o desenvolvimento e a qualidade de vida dos pernambucanos.
O legado de políticas paliativas assistenciais em Pernambuco não é um fenômeno recente. Até mesmo nos anos de Miguel Arraes, o estado experimentou desafios econômicos e sociais que persistiram por gerações. Naquela época, Pernambuco enfrentou um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, demonstrando que as políticas que priorizam a distribuição de recursos sem estimular a produção e a geração de riqueza não são eficazes na promoção do bem-estar duradouro.
Nos últimos 16 anos, com a ascensão do PSB ao poder, muitas esperanças foram depositadas nas promessas de mudança. No entanto, o que se viu foi um estado que acumulou índices de violência e desemprego preocupantes. Esses problemas não podem ser simplesmente atribuídos a fatores externos, mas sim à falta de políticas de longo prazo que fomentem a industrialização e a interiorização do desenvolvimento.
Um dos principais problemas dessas políticas assistenciais é que elas criam uma dependência crônica do Estado, desestimulando a iniciativa privada e a inovação. Em vez de incentivar a criação de empregos sustentáveis e a diversificação econômica, essas políticas muitas vezes mantêm as pessoas em situações de vulnerabilidade, perpetuando o ciclo da pobreza.
Além disso, a falta de investimento na industrialização e na interiorização do desenvolvimento torna o estado vulnerável a crises econômicas, como a que vivemos atualmente. Pernambuco, com sua economia centrada em setores tradicionais, tem pouca resiliência diante de choques econômicos, o que resulta em impactos diretos sobre o emprego e o bem-estar da população.
É fundamental que Pernambuco repense sua abordagem às políticas públicas. Em vez de se concentrar exclusivamente em medidas paliativas, o estado deve buscar estratégias de desenvolvimento de longo prazo. Isso envolve incentivar a diversificação econômica, apoiar a criação de empregos de qualidade, promover a inovação e o empreendedorismo, e investir em educação e infraestrutura.
A história de Pernambuco nos ensina que políticas assistenciais podem até trazer alívio momentâneo, mas são insustentáveis no longo prazo. O estado deve buscar um equilíbrio entre a assistência social e o desenvolvimento econômico, para garantir um futuro mais próspero e seguro para todos os seus cidadãos. O momento é de repensar o modelo vigente e buscar soluções que permitam a Pernambuco alcançar todo o seu potencial e oferecer qualidade de vida digna a sua população.