EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 05/08/20
Os modelos de gestão executados no governo de Serra Talhada nunca condisseram com as potencialidades e capacidades da cidade, muito menos andaram no compasso das conquistas, sejam públicas ou privadas que aqui chegaram.
Sobrou sobrenome, interferências do prestígio das oligarquias e teve menos projeto, estratégia e comprometimento com o futuro. As gestões foram acanhadas e, para ficarem sufocadas pelo empreendedorismo do setor privado, buscou surfar nas boas ondas que atingiram a cidades nos últimos anos.
A nossa análise vai dos recursos próprios gerados por obras federais que cortaram a cidade e que produziram impactos econômicos consideráveis até a chegada de grande equipamentos como SEST-SENAT e outros equipamentos, grandes atacadistas e o Shopping, pois em uns pouco teve e nada houve de participação da gestão municipal. De Carlos Evandro a Luciano Duque, a gestão fez muito quando não atrapalhou, fora isso nada de vultoso foi visto.
Evandro deixou um pátio de feira com infraestrutura que não dialoga com a pujança da cidade e com a área em que está instalado, sem falar na fragilidade do projeto que todo ano é avariado pelas chuvas com os famigerados alagamentos. No mais alguns calçamentos em bairros periféricos que levaram qualidade de vida aos moradores, porém não atraíram nenhum grande empresa, não gerou empregos, nem renda.
No governo Duque assistimos a encenação do que no papel ainda parece um gestão de acertos, contudo quem acompanha de perto e conhece o que se faz, seus projetos e execuções, sabe que não ficará nenhum legado. Duque tocou obras solidas o suficiente para que se reelegesse, poucas obras estão de pé com alguma qualidade em sua construçãQuando olhamos para um equipamento como o Shopping, a capacidade que tem de gerar empregos, de atrair consumidores e olhamos para a urbanização feita pela prefeitura, notamos ainda mais abissal esse contraste. Mesmo com uma arrecadação impressionante de recursos próprios, a visão é a de quem usa antolhos, miúda, provinciana.
Nos tornamos esta referencia, graças aos muitos artistas que daqui saíram, a políticos desta terra que gravaram seus nomes na história do Brasil, a grandes empresários locais ou de outras regiões que apostaram na capacidade da cidade, graças, claro, a localização geográfica privilegiada.
Bem pouco de toda esta conquista se deve a desenvoltura das gestões, menos ainda da atuação do legislativo. A classe política ainda se porta como se fôssemos uma cidade pequena, quem sabe aquela Serra Talhadas dos anos 70 ou 80.