EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 06/10/2
Algumas posições de ‘neutralidade’, travestidas como ‘independência’, podem trazer prejuízos para alguns candidatos.
Vimos isto com Miguel Coelho, que provavelmente se tivesse no início da sua campanha definido seu posicionamento, que muitos acreditam deveria ter sido em favor do presidente Bolsonaro, como está fazendo agora, e corretamente, pois seu município, Petrolina foi um dos mais beneficiados pelo atual presidente, provavelmente estaria disputando este segundo turno da eleição em Pernambuco.
Mas isso aí são águas passadas, e como se sabe, ‘águas passadas não movem moinhos, mas serve de exemplo para outros que vem atrás, como é o caso de Raquel Lyra, que vai enfrentar, e com grandes chances a neta do ex-governador Miguel Arraes.
Quando falamos ‘com muitas chances’ é porque Marília Arraes chegou a sua frente com uma vantagem pequena, bem diferente do que pregavam os Institutos de Pesquisas, e agora vê que para sair vitoriosa no pleito vai ter que ralar mais do que desejava.
Raquel, que vem conseguindo vários apoios, e muito deles de ‘bolsonaristas’, até agora não se declarou quanto ao seu apoio no segundo turno da Presidência da República.
É sabido que Marília é Lula, e Lula é Marília. Isso ninguém duvida, afinal, mesmo quanto no PT tinha um candidato concorrendo na disputa estadual, o ex-presidiário não conseguia esconder sua preferência.
Pois bem, Se Marília é Lula, logo o que se espera é que Raquel seja Bolsonaro, mas, ela, assim como fez Miguel lá atrás, está preferindo ficar ‘em cima do muro’. Segundo alguns interlocutores seu, tal posição não é de neutralidade, é de ‘independência’…
O que é isso companheiro? esse discurso não convence ninguém e pode trazer prejuízos para candidata.
Como já falamos, se espelhem em Miguel, a posição ‘independente’ dele deu em que?
Agora observem Moro, quando resolveu aliar seu nome ao do presidente, no que deu? Eleito, não foi mesmo?
Andamos pelas ruas, conversamos e assim podemos extrair um pouco do sentimento do povo, e o sentimento é favorável a Raquel, mas é comum, corriqueiro até se ouvir que querem ela na campanha de Bolsonaro.
A nosso ver ‘independência’ é isso: dizer o que quer de fato, doa a quem doer. Se ela é simpática ao ex-presidiário, declare e arque com as consequências, o mesmo se ela é simpática a Bolsonaro… não pode é ficar assim, no limbo.
Quem também não está sabendo ouvir as ruas, nem mesmo suas bases é a prefeita de Serra Talhada. Até agora não se pronunciou, nem para um lado nem para outro.
Segundo ela, há tempo para tudo, e que só se declara quando ‘for pra valer’, não quer seguir a trilha de Ciro Gomes, que cuspiu no prato e agora está comendo nele.
Neste caso aí concordamos… quando disser alguma coisa, cumpra, vá até o fim, afinal ela (Márcia) fez isso quando apoiou Danilo, lutou até o fim, mesmo, acreditamos, sabendo que era uma batalha perdida.