EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 07/08/20
O tic-tac do relógio da sucessão municipal não para e o tempo não costuma perdoar ou esperar por quem se atrasa. Talvez sabendo que é preciso apressar o passo, o prefeito Luciano Duque antecipou sua chapa, talvez usando a estratégia de ter tempo para contornar as dissidências e rupturas.
A chapa governista pode não ser do agrado da maioria, aliás nenhuma vai conseguir juntar todo o grupo, mas imaginamos que a antecipação vai fazer com que os nomes sejam testados perante a opinião pública e, caso a tática não dê certo, o mentor terá tempo para modificações, isso claro seria um plano “B”, imaginamos.
Embora as estratégias sejam diferentes, o tempo que corre para a situação é o mesmo para os oposicionistas, apesar disso os postulantes continuam dispersos e fazendo pré-campanha baseada em suposição, com falas abstratas e projetos tímidos.
Golpeado pelas escolhas equivocas e pela demora, o grupo de oposição no município, que outrora já foi mais robusto, insiste na mesma ideia de deixar para os 45 minutos do segundo tempo. Sobra arrogância, falta a muitos calçar as tais sandálias da humildade, como pregam. Correm o risco de outro fiasco.
E assim, de fiasco em fiasco implode-se uma imagem, destrói-se lideranças que ficam desacreditadas. Afinal, fazendo analogia com campos de guerra, são as lideranças que escolhem suas estratégias e seu prestígio cresce a cada triunfo.
Marcos Godoy, Eliane oliveira e Elisandro Nogueira são nomes tidos como outsider, já que não tem carreira política. Com pontuações tímidas em pesquisas devem postular apenas uma vice e esse deve ser o destino de um deles, talvez.
Marquinhos Dantas, embora não tenha exercido cargo eletivo, já foi candidato pela a chamada “terceira via” e mostra disposição para repetir, já descarta ser candidato a vice, como fez nas eleições passadas.
Carlos Evandro não tem, pelo menos ainda, condições legais e sua pré-campanha e suposta intenção de votos não tem valor se não tiver o direito de registrar candidatura. Fez o mesmo em 2016, a antigo PR apostou nisso o foi um tiro no escuro. Victor Oliveira, por sua vez, foi bem nas eleições de 2016, com o apoio do grupo, é claro.
A forçação de barra de Evandro, abençoada por Sebastião e o presidente do Avante, Waldemar Oliveira, deixam o ambiente pesado e as chances aparentemente remotas para o jovem empresário.
Voltando a lembrar do tempo, Victor, que sofreu muito por ser escolhido de última hora, terá de decidir se fica pra ver o que acontece e se novamente será escolhido no apagar das luzes ou se procura um caminho novo, tocando seu modo próprio de fazer, que não é pragmático.
O tempo não espera e para quem não tem um grupo robusto ou um padrinho forte, é hora de antecipar decisões e gastar solado de bota, senão será outra vez engolido pela impiedade da máquina.