EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 09/08/2022
Ontem a prefeitura de Serra Talhada, em um evento, anunciou a grade de atrações da Festa de Setembro, e assim a prefeita Márcia Conrado, pelo menos neste item se diferencia do seu tutor político, o ex-prefeito Luciano Duque.
Como é público e notório, Duque primava por não fazer anuncio de festas. A maioria das vezes, nos seus oito anos de governo, deixou para fazer algum anuncio na véspera do evento, ou mesmo no dia e muitas vezes para dizer que não faria o evento.
Foi sem dúvida o responsável pelo desmantelo nos eventos artísticos-culturais do município. Em alguns momentos até que poderia se entender as razões, mas na grande maioria das vezes era pura má vontade e uma dedicação extremosa para com os assuntos ‘politiqueiros’. Para ele, fazer política, principalmente a política da falácia e do assistencialismo direcionado eram mais importantes.
Mas vamos adiante. Ontem a prefeita Márcia Conrado reuniu populares e fez o lançamento da sua grade de atrações para Festa de Setembro, em verdade a festa da Padroeira, Nossa Senhora da Penha que este ano completa 232 anos, é sem dúvida uma das mais tradicionais do Estado.
Houve um tempo em que Serra Talhada vivia exclusivamente para esta data. O ano se dividia de setembro a setembro. Nem bem acaba uma festa e já se começava a trabalhar a próxima.
Sabemos que Festa é sinônimo de despesa, mas não deveria ser.
As festas, como esta de Setembro aqui em Serra Talhada, deveria servir para impulsionar nossa economia. Ela já impulsiona, mas poderia ser bem mais.
Nestes mais de dois séculos, os gestores do município ainda não souberam ‘vender’ o evento como se deve.
E não é tão difícil.
Basta observar cidades aqui mesmo em Pernambuco, como Caruaru, por exemplo, que tem no São João seu principal produto gerador de divisas.
Também acontece em Garanhuns a mesma coisa com o Festival de Inverno.
Porque então essa nossa ‘Festa de Setembro’, com 232 anos ainda continua sendo sinônimo de despesas para o município?
É claro que o poder público vai gastar alguma coisa, mas tem que ser como investimento. Estes gastos tem que voltar em forma de arrecadação.
Para bancar mesmo as principais despesas da Festa será preciso encontrar patrocinadores. É assim em todo lugar.
O problema nosso aqui é que até hoje o município não tem um calendário de eventos, e muito menos um planejamento em tempo hábil para e se buscar os recursos necessários.
Na falta disso, aí tem que gastar mesmo, e aí vem as críticas dos munícipes.
Muitos querem mesmo a festa, e outros tantos não se conformam com suas ruas esburacadas, com as praças as escuras, com a fala de médicos nos postos de saúde etc., e veem por outro lado ser anunciado atrações caras para uma festa.
Sabemos que algumas destas atrações serão bancadas pelo Estado, através da Fundarpe, da Empetur, etc. Cabe então os gestores darem o devido conhecimento, é uma forma se se desgastarem menos.
Mas, em resumo, a Festa de Setembro faz parte da cultura de nossa gente, o que se precisa fazer, é saber extrair dela lucros que sejam revertidos em melhorias para população.