EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 10/07/20
Empatia, o sentimento de se colocar no lugar do outro, de tentar sentir o que o outro sente, de compreender a sua dor. Pois bem, anda muito em falta a empatia. Esta faltando compreensão quando a tragédia atinge a casa do vizinho. Quase sempre só se compreende quando a aflição entra casa a adentro, ao atingir uma pessoa próxima.
Teve quem comemorasse a morte da esposa e até do neto de Lula, há muita comemoração para que o presidente Bolsonaro morra em decorrência da Covid-19, e essa torcida é oficial, ela já estampou o desejo em páginas de jornais importantes do País.
Tem gente que vibra quando a inundação destrói o sonho alheio, quando o filho do vizinho ou mesmo do parente não passa no vestibular ou quando o carro do outro, até mesmo daquele que chama de amigo, bate o motor. Algumas vezes essa vibração ou comemoração é pública, mas na maioria é silenciosa ou acompanhada de uma falsa declaração de pesar ou de tristeza.
O problema não é o partida A ou B, o problema não é a esquerda ou a direita, não! O problema está no que retrata uma das belas músicas da legião, quando o sol bater na janela do seu quarta, que diz: “a humanidade é desumana”.
Pode escrever aí: as comemorações pela miséria ou o fracasso alheio ainda continuarão, pelo menos até a desgraça adentre em suas casas e aí saboreie do mesmo veneno, deguste do mesmo desprazer, aí, nesse momento, cessa o riso e se partilha da dor, aí, forçadamente, nasce a EMPATIA, que deveria ser prévia.
Todo êxtase com as tragédias alheias apenas evidenciam que essencialmente é má a nossa conduta.