EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 10/08/20
E cada dia que passa ficamos mais próximos das eleições.
Mas será que a pergunta correta não seria: ficamos mais próximos do fim dessa pandemia?
Pelo visto, no caso da pandemia não temos nada definido, pois, mesmo que na melhor das hipóteses apareça um vacina ainda no primeiro semestre do próximo ano, ainda levaremos algum tempo até que se imunize todos e assim possamos voltar a ter uma vida relativamente normal. Claro que nem perto do que já foi, mas um pouco menos doloroso e traumático do que como estamos agora.
Já no que se refere as eleições, os abutres estão no ar… voando, farejando suas vítimas: aqueles que irão, no caso de alguns, lhe manterem no poder em casos de outros, lhe darem a oportunidade de se darem bem.
Infelizmente somente assim é que podemos definir, pois, não enxergamos, nem os que estão já nos seus cargos, nem aqueles que pretendem chegar atitudes e ações que não mereçam tal análise.
Dando uma volta é fácil ver pretendentes a gestores públicos vivendo vidas que nunca foram as suas.
Vimos de repente pessoas que nunca foram em um estádio de futebol, participarem ativamente de jogos em campos de várzea, e com um entusiasmo que falta até mesmo ao mais fiel torcedor corintiano.
Vimos ‘dandocas’ e ‘filhinhos de papai’ comendo de colher… traçando gigantescos pratos de xerem, até puro, com um apetite digno dos nossos trabalhadores mais humildes, e isso, sentados em mesa, no chão com criança… de qualquer forma, e mais, com um sorriso no rosto que realmente dá gosto ver.
Vemos a máquina pública, seja daqueles que tentam se manter no poder, ou seja daqueles que querem fincar seus postes, trabalhando com uma avidez desconhecida.
Parece que vão realizar tudo que deveriam ter feito em quatro anos, agora, em poucos meses.
O que é isso afinal?
Porque só nós enxergamos isso?
Até quando essa legislação vai permitir que se trabalhe assim?
Somente os beneficiados são aqueles que já estão com a máquina na mão ou aqueles que comungam e estão disposto a fazer com que tudo continue como está.
Como falar em renovar o legislativo se os que se apresentam para tal renovação têm a mesma prática? Se apropriam dos serviços públicos para distribuírem benesses, como se fossem seus os recursos.
Não vemos, de nenhum, nem dos pretendentes ao executivo e muito menos dos pretendentes ao legislativo propostas para se discutir o desenvolvimento sustentável. E não vamos ver porque ‘desenvolvimento sustentável’ para eles é embolsarem os salários e beneficiarem os seus com o emprego da máquina pública.
E, confessamos, assistindo tudo isso passamos a crer que maior do que a pandemia do coranavirus é a pandemia desses políticos inescrupulosos, e com um agravante, para estes, pelo visto não tem vacina… e tem, a cura total, se o povo acordasse e nas urnas desse um basta em tudo isso.