EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 12/03/2025
Uma polêmica vem trazendo apreensão para centenas de moradores do entorno da barragem do Jazigo, aqui em Serra Talhada.
Foi aprovado pelo governo do estado um trabalho de recuperação da barragem, referente a assoreamento e fissuras na parede da barragem, segundo as informações será investido cerca de R$ 20 milhões.
Até ai, tudo bem, esta ação já vinha sendo cobrado pela comunidade que vive as margens da barragem, no entanto, conforme comenta-se a empresa que ganhou a licitação para os trabalhos na barragem está anunciando que irá esvaziar o manancial para execução do serviço, algo que soa irreal, e que queremos acreditar seja Fake News, ou mesmo exagero nas informações repassadas de boca em boca pelos moradores da região.
Imaginar secar a barragem é algo surreal. Tal ação trará prejuízos inimagináveis. São muitas as famílias que necessitam daquela água para sua subsistência. Não estamos falando aqui das chácaras de repouso e lazer de alguns. Falamos daqueles que sobrevivem da pesca, da irrigação de lavouras e verduras e legumes e mesmo pasto para os animais, como também águia para os animais beberam e mesmo para uso dos humanos.
Se por acaso, o que queremos crer não seja, estiverem mesmo com o plano de esvaziar a barragem, além de um verdadeiro crime ambiental, o prejuízo econômico do município será bem maior do que os R$ 20 milhões aplicados para recuperar o manancial.
Um vereador ocupou a Tribuna da Câmara ontem para falar sobre este assunto, mas não pode ficar numa voz solitária, é necessário que todos os legisladores estejam empenhados nesta ação. É necessário mais do que isso, é necessário que o governo do município, através dos secretários de pastas que dialogam como a causa, como meio ambiente, Desenvolvimento econômico e social também, embarquem nesta cruzada.
É necessário que a prefeita, chefe do poder executivo se empenhe e se debruce sobre o assunto.
Não se pode aceitar a decisão monocrática da empresa sob a alegação de que é a única solução.
Claro que não é. Existe tecnologia capaz de fazer todas os reparos necessários sem ter que esvaziar todo manancial, se assim fosse, como é que se construiriam pontes em rios e até no mar. Como é que a Petrobras construiria em profundezas marítimas?
Uma coisa é empregar a tecnologia, e outra é saber se a empresa tem condições, se não tem, que seja então desclassificada e que outra realize o trabalho.
É bom lembrar que até agora não existe uma declaração oficial de órgãos do estado sobre esta notícia. Tudo gira no campo da especulação, e queremos que neste campo continue, pois pensar diferente, ou seja, aceitar a medida que se comenta, é condenar centenas ou até milhares de pessoas a uma penalidade muito grande, sem falar na economia da nossa cidade