EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 12/04/2022
Especulações é o que não falta sobre a situação de Márcia Conrado e do ex-prefeito Luciano Duque.
A tropa de choque de Duque está a todo vapor com ataques subliminares a administração da prefeita, embora ela, mesmo tendo declarado que não seguirá seu padrinho político no apoio a pré-candidata Marília Arraes, deixou claro que continuará trabalhando para faze-lo deputado Estadual, uma tarefa nada fácil pois terá que se equilibrar em dois palanques, sendo que com um deles (no caso do palanque da frente popular) ela já se comprometeu, inclusive através de benefícios financeiros para aplicar em sua gestão no município.
Por sua vez seu tutor, embora tente disfarçar que aceita a situação, entre íntimos não esconde a insatisfação no que considera ‘traição’, da sua afilhada.
Enxergando toda esta situação, antigos adversários de Luciano Duque já acenam para uma aproximação com um dos lados.
Eles farejam a oportunidade de estreitar o canal de diálogo com a prefeita, ou com o ex-prefeito.Alguns integrantes do grupo do deputado Sebastião Oliveira tem relações até mesmo de parentesco com a gestora, e em grupos de rede social ensaiam sua aproximação, é o caso do ex-prefeito Carlos Evandro.
Alguns ‘carlistas’ como são chamados os apoiadores do ex-prefeito Carlos Evandro, já deixaram vazar a vibração por estarem no mesmo palanque.
Observadores da política local já anunciaram que logo depois da eleição vai haver um racha entre Duque e Márcia, mas há quem diga que pode acontecer antes, no calor da campanha.
Um racha entre os dois não será muito salutar para Duque, pois, ainda existem contas suas para serem julgadas na Câmara, e como os vereadores tendem a acompanhar a caneta do mandatário, se perder o apoio dos edis, Duque pode ficar inelegível para disputar a prefeitura local em 2024, o que todos sabem é seu desejo, e também, não é bom para Márcia pois no cenário atual, apesar de pesquisas fakes onde lhe atribuem aprovação popular, o governo da prefeita vem deixando a desejar, e no caso do rompimento ela terá Duque como seu adversário direto, e com certeza ele vai apontar todas as mazelas da cidade (mesmo as deixada por ele de herança para gestão atual) como incompetência do governo atual.
O caminho então seria se aliar ao grupo de Sebastião, só que para isso terá que deixar o PT, o que pode mesmo acontecer, afinal essa decisão não precisa ser agora e também Márcia nunca teve o perfil petista.
É esse o balaio de gatos da política serra-talhadense, que tem no centro nervoso os protagonistas da eleição passada e correndo por fora outras figurinhas já conhecidas.
Apesar da eleição municipal só acontecer em 2024, essa eleição deste ano vai dar o tom de como será o futuro.