EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 12/07/2022
A tragédia acontecida em Foz de Iguaçu, no Paraná, onde perdeu a vida um Guarda Municipal, e do outro lado, uma família foi destruída pela ação descabida e criminosa do agente penal que matou a tiros o ex-tesoureiro do PT na sua festa de aniversário nos leva a alguns questionamentos:
Entre eles o de que será justo a apropriação ‘politiqueira’ do caso?
É justo, literalmente ‘sambar’, por cima de corpos apenas com interesse eleitoreiro?
Em algum momento, estes das altas cúpulas se colocaram no lugar dos familiares das vítimas, e falamos aqui dos dois lados?
Aí querem forçosamente trazer à tona o tal ‘discurso de ódio’. Querem a todo custo colocar a culpa no presidente da República o ato impensado, e repetimos criminoso, do agente penal.
A presidente do PT tentou em um pronunciamento ontem, atribuir o crime ao ‘discurso de ódio’ do presidente.
Isto mesmo repete o lacrador senador Randolfe Rodrigues, aproveitador mor de tudo que pode colocá-lo em evidencia.
Em momento nenhum falaram dos elogios que o ex-presidiário fez ainda no final desta semana ao ex-vereador que por pouco não assinou um ‘bolsonarista’ em uma manifestação do PT, quando, juntamente com o filho empurrou o cidadão que foi atingido por um caminhão e teve que ir para UTI e até hoje tem sequelas. Lula disse que deve a vida a este sujeito. Alguém falou alguma coisa?
Em momento nenhum se referiram a Adelio Bispo, ‘psolista’ que esfaqueou o então candidato a presidência da República, Jair Bolsonaro. Ninguém em momento algum, nem eles nem a imprensa lacradora usou o termo: ‘psolista’, ou ‘petista’ tenta assassinar candidato a presidente’, mas agora neste triste caso gritam logo: ‘bolsonarista assassina petista’.
Ela Gleise, presidente do PT parece ter esquecido que foi ela que convocou terroristas para atuarem no Brasil. Esqueceu que José Dirceu disse ‘a direita tinha que apanhar nas urnas e nas ruas’.
Também esqueceram de Stédille dizendo que seu ‘exército vermelho iria tocar fogo no Brasil’.
Isso aí não é discurso de ódio não?
Quando vimos o atual presidente usando termos assim?
Ou dizer que quer liberar o porte de arma é que discurso de ódio?
Vejam bem, não é uma questão de defender ninguém, é questão de coerência, de razoabilidade.
Não aceitamos extremismo, nem de um lado, nem de outro, mas essa seletividade está incomodando.
Concordamos com alguém que raramente concordamos, o presidente do senado, quando responsabilizou os dois grandes líderes, que juntos tem quase 80%, ou mais, das intenções de votos, no caso, Bolsonaro e Lula.
Para Pacheco, caberia a eles um gesto de pacificação, na tentativa de acalmar os ânimos, na tentativa de trazer a razão um povo que culturalmente é paciente, não é afeito a atos extremosos.
Nisso concordamos.
É preciso sim, que os líderes atuem neste sentido.
Sempre foi dito aqui que os líderes tem influência sobre seus liderados, que suas ações e palavras faz eco entre os seus.
Então que desçam, cada um do seu pedestal e faça o que tem que ser feito, caso contrário marchamos para momentos tensos, que poderão desaguar em fatos desagradáveis.
Agora reflitamos bem. Não é justo apontar seus erros para terceiros. Falar em discurso de ódio dos outros sem relembrar os seus discursos é leviano.
Taxar de antidemocrático e querer implantar e uma ditadura, é contraditório.
Vamos estar bem atentos a isso tudo, e vamos repudiar com veemência fatos como os acontecidos lá no Paraná.
Vamos ser duros e incisivos na defesa dos nossos ideais, cada qual no seu campo de ideias, mas procurando construir uma sociedade justa, ordeira e progressista.