EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 13/08/20
Austeridade: “Em economia, a austeridade significa rigor teórico no controle de gastos. Uma política de austeridade é utilizada quando o nível do déficit público é considerado insustentável e é implementada através do corte de despesas”. Pois bem, esta definição mostra o qual é grande a incoerência dos gestores público.
Enquanto se reclamam da falta de recursos para obras como saneamento e outras mínimas de infraestrutura, gestores contratam pessoas, por meio de seleções simplificadas e outros meios, comprometendo percentuais da receita corrente liquida maior que o permitido por lei. Quando a Lei de Responsabilidade Fiscal prevê gasto de 54% em média, mas constamos gestores que ultrapassaram a casa de 70 com folha de pessoal.
O desperdício do recurso público mostra as gestões sem critérios que consomem muito de todo o recurso que entra no município, com pauta que em nada interessam a sociedade. Sobre dinheiro para apadrinhados e apaniguados. Sobre dinheiro para a construção de falso ídolos, mas falta para pavimentação de ruas, sistemas de segurança ou melhoramento de pasta como saúde e segurança pública.
O problema é que, com eleições de 2 em 2 anos, as administrações pouco se preocupam com a resolução dos problemas da sociedade. Na verdade há pouca expertise em administrar com responsabilidade e muita prática política eleitoral. A prefeitura normalmente é confundida com um enorme comitê com correligionários e estrutura de campanha bancados pelo dinheiro do povo.
Aqui no nosso município já começamos a ver a mesma coisa de 2016, quando fake News foram levadas a sociedade através de músicas de campanha. Agora no “seu volume 2”, jingles apontam certa habilidade ou capacidade do gestor. Enquanto isso são ignorados problemas sérios e crônicos, muitos agravados pelo modo como a cidade foi administrada nesta gestão, que sempre colocou os seus interesses políticos acima do interesse da coletividade.
Há pelo menos 12 anos que se fala em SAMU. Em UPA24H, uns 6 ou mais. Além destes problemas que não inspiram compositores, temos caixas pretas, como resíduos sólidos, zona azul, diárias e muitas outras. O agravante disso é o desinteresse, seja de governo e oposição em debater o que de fato importa. Há impressão que temos é que vivemos uma falsa dicotomia. Tem muita gente discursando uma coisa e trabalhando ferrenhamente para deixar tudo como está.