EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 13/10/20
Caros amigos, pelo visto uma campanha limpa feita somente no campo das ideias parece um sonho irrealizável. Basta ver como a maneira tradicional e pragmática sobrepõe e sufoca o ambiente.
Fazer santinhos, atirá-los de maneira criminosa no dia da eleição, dar “carona” a eleitor, “pagar um almoço [quando sabemos não existe almoço 0800], assim como “molhar a mão” do eleitor minutos antes dele entrar na cabine de votação são apenas alguns hábitos que interferem na decisão do voto.
É possível que seja a incapacidade de enxergar como as coisas funcionam que leve o cidadão, mesmo aquele que se diz bem intencionado, a votar num político tradicional. O imediatismo instiga o indivíduo a pegar a esmola aqui e ele não consegue ver que todo o “investimento” feito pelo candidato vai sair dos cofres públicos, logo alguma área vai sofrer com retida ou redução no orçamento.
A utopia é ter uma campanha baseada, primeiro no currículo limpo, depois na capacidade do candidato de exercer a função a que se propõe e com bons projetos de governo que não sejam meras promessas sem indicação da viabilidade de execução. Na prática somente governos desastrosos não se reelegem ou elegem sucessores, pois a máquina atropela o processo. Ideias, discursos e intenção são esmagados diante da máquina pesada do governo.
A esperança é que no seu intimo, o cidadão repense o voto e decisão mudar os caminhos. Caso contrário, extasiado com a falsa eficiência momentânea, vai escolher os mesmo caminho e reclamar do destino alcançado.