EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 14/02/2023
Interessante como algumas pessoas se apegam a cargos e outros bem materiais.
É comum ver pessoas, literalmente deixarem de viver em plenitude para se dedicar a acumular bens, como se fosse leva-los para posteridade.
Como se diz no ditado popular: ‘caixão não tem bolso’, e por mais que seja duro a sabedoria popular, é isso mesmo. O que nos sobra depois de mortos, são algumas fotos, alguns livros, algumas peças de roupa, e a lembrança por algum tempo de alguns que lhe queiram bem.
Mas saindo do campo mórbido e vindo para o plano dos vivos, é muito comum ver o apego desmedido por pessoas a cargos e poder.
É comum ver-se dizer: ‘sou prefeito’, sou vereador’, sou deputado’… e por aí vai. Raramente alguém lembra-se de dizer: ‘Estou’. Seria esta a colocação correta.
Mas não é raro ver o apego tão desmedido de alguns em algumas funções e que muitas vezes demoram a deixar a ‘ficha cair’.
Porque fazemos todo este preâmbulo?
É para falar de dois casos. Existem muitos, mas vamos falar aqui apenas de dois casos, que de tão explícitos, chega a ficar ridículo.
Começamos pelo caso do ex-prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota, que depois de eleito presidente da Amupe (Associação Municipalista de Pernambuco), não soube mais desapegar do cargo, ao ponto de que mesmo depois de ter deixado de ser prefeito, conseguiu ‘estuprar’ o regimento interno da associação e permaneceu presidente, isso sem ser prefeito.
Agora Zé Patriota foi eleito deputado, e pasmem, queria continuar presidente da Amupe, mas desta vez não conseguiu… seria demais, seus pares não permitiram, mas que fez ele, tratou de ser o coordenador de todo processo da eleição para sua substituição, aí conseguiu emplacar a prefeita de Serra Talhada e o prefeito de Paudalho para se revezarem no poder, e ele, Patriota como a sombra acima das suas cabeças.
O outro caso é o também agora deputado, Luciano Duque, que depois de governar Serra Talhada por oito anos, conseguiu eleger sua indicada, que ele jurava seria seu poste, e, por um bom tempo ‘reinou’ no governo da cidade, tanto que se dizia que as cidade tinha um prefeito e uma prefeita, e ele fazia questão de fortalecer esse dito, aparecendo em inaugurações, assinando ordens de serviços, indo a Brasília para negociar, como se prefeito fosse.
E assim foi até conseguir ser eleito deputado estadual, só que na campanha para deputado muita coisa aconteceu e o poste que ele plantou pelo visto abriu os olhos e está fortalecendo seu grupo com aliados que não agradaram, e o pseudo prefeito não gostou. Para ele ela teria que continuar lhe beijando a mão. Não lhe bastava a cadeira no legislativo, ele queria as duas: a Alepe e a prefeitura.
A pergunta agora é: quando terminar o mandato destes dois, caso não consigam se reeleger, como fica? Vão conseguir superar?
Apenas lembrando: O atual presidente também passou por essa crise quando deixou o mandato, quem sabe ele não pode dar uma consultoria?