EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 15/01/21
O Brasil assiste assustado a explosão dessa nova onda da Covid-19.
O fato registrado ontem em Manaus no Amazonas acende uma luz de alerta quanto ao tamanho da gravidade, que embora se registre em quase todas as regiões do país uma expansão do coranavirus, ainda não vimos um comportamento da população condizente com a dimensão do problema.
É preciso que se diga que nem mesmo das autoridades estamos vendo uma preocupação mais efetiva, o que assistimos são publicações de decretos e mais nada.
Decretam mais não fazem cumprir o decreto, e o cidadão por sua vez, irresponsavelmente se deixa levar pela ineficácia dos governantes e embarcam numa ilusão de que está tudo bem.
Parece até algo de ficção científica, assustador e macabro, vermos pessoas morrendo sufocadas dentro dos hospitais… é algo que deve servir de alerta.
Tudo isso nos remete a letargia que estamos assistindo aqui em Serra talhada.
Pelo menos a olhos nus não se vê uma ação mais efetiva das nossas autoridades.
O que se sabe, em notas da assessoria da Secretaria de Saúde, enviadas para órgãos seletivos, são de ações tipo blitz educativas.
Já passou o momento de blitz educativas, e também de blitz esporádicas que parecem mais servirem para fotografias do que propriamente para um combate a este mal tão perigoso.
Já cobramos aqui e vamos continuar cobrando a volta de barreiras sanitárias, a volta de agentes no comercio, não pontualmente nos bairros e bares, mas diariamente no comércio como todo, fiscalizando e punindo quem não esteja seguindo os protocolos.
Cobramos isso porque vemos algumas ções nos municípios vizinhos.
Por exemplo, a prefeitura de Afogados, aqui vizinho anunciou que está adquirindo seringas para vacinação, e aqui, como estamos?
Esta falta de informação. Esta mordaça, este silêncio seletivo não prejudica a nós que fazemos a imprensa, prejudica o povo.
As testagens como estão?
Houve algum incremento na quantidade de testagens diárias?
Nos permitam perguntar.
Nossa preocupação é com a vida de todos nós, e não apenas com isso, mas também com nossa economia, a sobrevivência dos nossos empresários.
Somos favoráveis ao endurecimento dos protocolos mas torceremos para que não seja necessário um lockdow como o que já tivemos.
Então com todo respeito, se mexam, mostrem serviço.
Na primeira onda vimos profissionais da saúde do município, em atitude fantástica ir para o meio da rua bradar, gritar, chamar a atenção, literalmente para gravidade do problema.
Vimos a agora prefeita, na época secretária de saúde, colocar tenda de desinfecção na praça… depois a coitada da tenda ficou esquecida até que o vento levou, mas vimos isso.
Vimos o então prefeito despejar barro na entrada da cidade, colocar gelo baiano e instalar barreiras.
Um monte de medidas, umas um tanto estapafúrdias, outras elogiáveis, mas aconteceram, e agora o que acontece?
Estão dormindo?
Será que nem mesmo com esse episódio tão trágico de Manaus vão atentar para seriedade desta pandemia?
Lembrem-se que na primeira onda, embora tivéssemos menos leitos de UTI, não tivemos problema com a ocupação dos mesmos, agora já chegamos a ocupar 100% da capacidade do Hospam e o Hospital do Sertão já tem 70% das UTIS ocupadas.
Aí voltamos a perguntar: estão esperando o que?
Depois dizem que somos do contra, que só sabemos criticar.
Nada disso, como veem, estamos alertando, chamando atenção, afinal por falta de um grito se perde uma boiada.