EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 15/04/2024
Está na nossa pauta de hoje, mas os ouvintes já podem começar a refletir de agora: será mesmo que Luciano Duque vai ser candidato a prefeito de Serra Talhada?
Essa pergunta vem sendo feito a já quase duas semanas. Se evidenciou mais ainda nas últimas semanas, depois que se anunciou a aliança entre Sebastião Oliveira e Márcia Conrado, e no bojo desse anuncio, uma provável aproximação de Marília Arraes, presidente Estadual do Solidariedade, o partido de Duque.
Já existiam comentários que a neta de Arraes não andava satisfeita com o comportamento de Luciano Duque, que depois de eleito deputado pelo seu partido, ensaiou uma aproximação exatamente com sua maior rival, a governadora Raquel Lyra.
De fato, Luciano não apenas tentou se aproximar da governadora como tentou mobilizar os outros deputados do Solidariedade a lhe acompanharem neste movimento. Isso não agradou nenhum um pouco a Marília.
Para quem conhece Duque, esse seu comportamento não é de se estranhar. Foi assim por onde passou. O Ex-prefeito de Serra Talhada tem um longo histórico de, digamos, conflitos, com seus aliados.
Alguns são mais radicais e tratam como traições. Se é este o termo ou não, não seremos nós que vamos julgar, mas o certo é que por onde passou Duque deixou um rastro de desarmonia.
Ele já foi fiel seguidor dos passos do ex-governador Miguel Arraes, que quando conveniente, até hoje elogia e publica fotos ao seu lado, mas não comenta que quando Jarbas Vasconcelos infringiu uma derrota fragorosas ao ex-governador, Duque rapidamente virou ‘jarbista’.
Aqui entre nós um dos fatos mais marcantes foi o que aconteceu com sua relação com o ex-prefeito Carlos Evandro.
Carlos brigou com Deus e o mundo. Rachou com seus apoiadores, o grupo de Inocêncio Oliveira e manteve a candidatura de Duque a prefeito, que todos sabem, só chegou no poder graças a grande aprovação de Carlão naquele momento. Mas não houve gratidão de Duque que em poucos meses rachou com seu padrinho político acusando de deixar-lhe uma m herança maldita.
Herança bem mais maldita ele (Duque) deixou para sua sucessora, Márcia Conrado, que ele elegeu, é verdade, mas que ele mesmo, por baixo do pano tentou ‘melar’ a administração, até que foi flagrado em um vazamento de áudio, e não teve como esconder que era ele o mentor do ‘fogo-amigo’ dentro do governo Márcia.
É inerente do seu comportamento, basta ver que assim que chegou na Alepe, já articulou contra a presidente do seu partido e agora, está ai, vai pagar por tais atitudes.
Em política não pode se dizer que uma coisa é impossível. Tudo é possível nas ‘manobras’ políticas, mas, pelo andar da carruagem, a coisa não está nada boa para Luciano Duque, pois pelo Solidariedade, é muito difícil que ele saia candidato, mas tem uma opção: já que ele, e seus apoiadores tem a certeza de que vencem o confronto eleitoral aqui em Serra Talhada, basta deixar a ‘deputância’ e sair candidato… está resolvido o caso.