EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 15/07/20
De ontem para hoje o que assistimos nas redes sociais da cidade e na imprensa local são trocas de farpas entre a gestão municipal e os vereadores da oposição.
Na pauta dessas trocas de farpas estão: os leitos de retaguarda e o como estão dizendo: o fechamento da casa de Saúde Clotilde Souto Maior.
É claro e evidente que lamentamos o fechamento da Clotilde Souto Maior, é um prejuízo imensurável para cidade, principalmente porque nos arvoramos de que somos o quarto polo m[médico do Estado.
Tá difícil de manter, ou mesmo de defender esse título.
Pelo que apuramos, a Clotilde Souto Maior, depois que recebeu uma inspeção da Apevisa, ficou sem condições de funcionar normalmente, mas isso graças aos critérios mínimos que a Casa de Saúde necessitaria cumprir para seu funcionamento.
Tivemos acesso as fotos das instalações da Casa de Saúde e realmente temos que concordar que se faz necessários adequações.
Como dissemos: lamentamos, e muito. E como não lamentar se quem perde com tudo isso é a população?
O que não concordamos, e até estranhamos é o prefeito, em lives e na imprensa querer apontar o dedo para os vereadores da oposição, numa tentativa vã de culpa-los por tudo que está acontecendo.
Nada disso.
O que os vereadores fizerem foi exercer seu dever de fiscalizar, o que, lembramos, deveria ser feito por todos os vereadores, e não apenas por um grupo.
Neste caso aí não existe oposição nem situação. Existe o dever e a obrigação de cumprir sua função.
Mas não, infelizmente teimam em politizar algo tão sério.
Lembramos que em 2014, na gestão desse mesmo prefeito foi fechado o Pronto Socorro São José. Foram mais de 100 leitos que o município perdeu, e na época, lembrem-se, os proprietários do Pronto Socorro acusaram a política Municipal de Saúde.
Pois bem, naquela época, como não existia Pandemia, como não era ano eleitoral, ninguém falou nada. Mas ninguém mesmo. Não tivemos nenhum pronunciamento, nenhuma providência das autoridades municipais para evitar a tragédia.
Isso mesmo: Tragédia, pois o fechamento de uma unidade de saúde é uma verdadeira tragédia.
Mas não, calaram-se todos, afinal, o grupo proprietário do Pronto Socorro era adversário político do prefeito e neste caso adotou-se a máxima de quanto pior melhor.
Agora os proprietários do Pronto Socorro estão aliados do prefeito, e agora o discurso é outro, diz o prefeito que até a próxima semana o Pronto Socorro reabre com os leitos de retaguarda que o município precisa no combate a Covid, ele diz isso, mas não sem antes politizar.
Vamos ver se acontece mesmo.