EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 16/01/2025
Não é muito animadora a expectativa para esta segunda gestão da prefeita Márcia Conrado. Pelo que se apresenta deverá ficar muito distante do prometido por ela mesma, e do esperado pelos serra-talhadenses.
Já foi dito aqui no X da Questão mesmo que a primeira gestão de Márcia não foi das mais elogiáveis, em verdade sua aprovação deve-se mais ao fato da trágica gestão do seu antecessor, e como tudo é feito em comparações com o passado recente, ela acabou se sobressaindo em alguns detalhes.
Apesar de ter dito em discurso, logo após a posse no seu primeiro mandato que daria continuidade ao governo de Luciano Duque, na época seu grande aliado, ela cumpriu sua palavra e segui pianinho todo caminho trilhado por Duque, até que, quando acordou e viu a tragédia que se desenhava, e desejava se reeleger, rompeu com seu padrinho político, mas isso já havia consumido mais de dois anos da sua primeira gestão.
Então foi o corre corre que se viu. Partiu em busca de superar o prejuízo acumulado, e de certa for conseguiu algumas coisas, com o principal destaque para a qualidade das obras que realizou.
Sendo que o eleitor é fácil de se enganar, Márcia usou da mesma tática de Duque e de tantos outros políticos Brasil a fora e nos últimos meses do seu mandado, fez uma verdadeira derrama de entregas de obras: praças, calçamentos, passagens molhadas, e por aí foi. Para trás ficava um rastro de promessas não cumpridas, ficava atrasos de pagamento a fornecedores e outras coisitas mais, só que o eleitor, hipnotizado e embriagado pelo barulho da festa, lhe deu mais quatro anos de mandato, e ai está ela, com as mesmas promessas feitas quando ainda estava junto com Luciano, como por exemplo, a informatização da solicitação de consultas e exames médicos. Prometeu uma vez, prometeu de novo e muito dificilmente cumprirá.
Para se reeleger fez aliança com tudo que pode, entre os aliados o ex-deputado federal Sebastião Oliveira do Avante e a presidente do partido de Luciano Duque, que diga-se foi fundamental para anular o ex-prefeito, Marília Arraes, presidente do Solidariedade, e para isso acenou mudanças na sua equipe de governo. Mas e aí, mudou alguma coisa?
A principal Secretaria, líder de reclamações, a Secretaria de Saúde, entregue a sua sogra, continua nas mãos da sua sogra. Nada de novo ou relevante se viu nesta nova gestão que está começando, o que se vê é bem mais politicagem, bem mais tentativas de abrigar o grande grupo que ela formou, e sem dúvida, se enxerga com nitidez que Márcia está focada no seu futuro político. Em se manter viva, e por isso mesmo deva fazer uma gestão voltada apenas para conchavos políticos, o restante: a boa administração, a reforma dos cemitérios, o saneamento, uma boa reforma no pátio da feita, o ordenamento do trânsito da cidade que se torna cada vez mais caótico, a dedicação aos aparelhos culturais… tudo isso é supérfluo, para Marcia só interessa a política… os políticos.
Está ela aí novamente nas rodas da AMUPE, uma prova que precisa de vitrine. Dissemos lá atrás que ela estava deslumbrada com o poder… pelo visto o deslumbre está aumentando ainda mais.