EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 17/05/2024
E ninguém fala mais na pré-candidatura do ex-prefeito. Pelo visto ele já aceitou de que não poderá concorrer à prefeitura de Serra Talhada, o fato estranho é não apresentar nenhuma outra saída.
Embora tenha falado que tinha outros planos, inclusive citando de que tinha o nome de um empresário, tudo não passou de mais uma falácia, campo no qual ele transita muito bem.
Os aliados do ex-prefeito, antes falastrões e cheios da certeza da vitória se calaram, para não dizer se encolheram e até evitam falar no assunto, sempre buscam saídas pela tangente, mas não encaram a realidade de frente: ficaram órfãos.
Daqui do X da Questão antecipamos todos estes movimentos. Em um primeiro momento parecia que a estratégia do ex-prefeito, de disseminar discórdia entre os seus adversários daria certo, como nas suas campanhas anteriores, no entanto ele perdeu a mão e começou a disseminar discórdia e dúvidas até mesmo entre aqueles que poderiam ’engrossar o seu caldo político’, e assim criou arestas dentro do seu partido e nos possíveis aliados.
Espertamente tentou servir a dois senhores, mas é sabedoria popular de que não se serve a dois senhores.
Eleito deputado o ex-prefeito tornou-se ainda mais crítico e articulador do desgaste do que até aquele momento era sua aliada, a prefeita Márcia Conrado e o resultado final foi o esperado: racha. Cada um para o seu lado.
E, enquanto o grupo de Sebastião Oliveira debilitado acenava para ele, o deputado viu no Avante um ‘cachorro morto’, mas também diz a sabedoria popular: “não se chuta cachorro morto’, e como falamos diversas vezes aqui, por mais debilitado que esteja, Sebastião e seu irmão Waldemar Oliveira, deputado Federal, tem seu potencial político no município, que poderia ter sido aproveitado pelo ex-prefeito, que preferiu esnobar e o resultado foi o grupo de Sebá se aproximar da sua rival, no caso Márcia, e chegou forte, levando dividendos a favor da sua candidatura a reeleição.
Ao mesmo tempo, lá na Alepe o ex-prefeito catapultado a deputado, eleito pelo partido de Marília Arraes, adversária ferrenha da governadora Raquel Lyra, achou por bem, não apenas se aproximar da rival da presidente do seu partido como ainda fazer um movimento tentando levar os outros companheiros da sigla. Marília não gostou, é claro, e não gostou mais ainda quando viu o deputado se ausentar das votações de projetos que eram do seu interesse (de Marília). Se acendia a luz de alerta na neta do ex-governador Arraes, alerta que passou do laranja para o vermelho quando ela viu, duramente a janela partidária, seu deputado não beneficiar seu partido, o Solidariedade, ele simplesmente levou aqueles em que ele tem poder de influência, inclusive seu filho para o Podemos, mas não para o seu partido.
Queira o que então?
Acreditamos que é exatamente isso que estamos vendo, o Solidariedade lhe fechou as portas e seu sonho de voltar a governar Serra Talhada foi ralo abaixo, pelo menos neste momento.
o triste em toda essa história é ver que toda esta movimentação política trouxe desarmonia familiar, pois, enquanto o irmão do ex-prefeito, Duquinho está no palanque de Márcia Conrado, e diz ter o apoio de irmãos e do próprio pai, por outro lado, uma irmã faz questão de afirmar na imprensa da região de Duquinho não tem apoio da família e está servindo de bucha de canhão para prefeita.
O outro lado triste é observar que provavelmente teremos uma candidatura única em Serra Talhada, já que nenhuma candidatura de peso tenha para concorrer com a prefeita, e, a nosso ver, a falta de opção de escolha não é salutar para democracia.