EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 19/04/2022
A celeuma do reajuste dos professores municipais, em 33,24%, conforme o determinado pelo MEC, tem servido para alertar a população local quanto ao posicionamento dos políticos, de como atuam durante a campanha e de como atuam depois de eleitos.
A Prefeita Márcia Conrado, eleita trazendo consigo a sigla PT, onde na teoria defende os direitos dos trabalhadores, tem sido um exemplo de que nem sempre na prática se realiza o discurso.
É notório o descaso do partido para com os trabalhadores em todos os municípios e estados que governa, e mesmo se arvorando de democratas, de defensores dos trabalhadores, nem uma coisa nem outra costumam fazer: serem de fato democratas, para eles só vale a sua democracia, a sua ideologia política e quem pensar diferente de sua bolha deve ser anulado, e tão pouco estão preocupados com os trabalhadores, principalmente os da base.
Através de um projeto que fere e até afronta os mais leigos, a prefeita, através da sua Secretaria de Educação, enviou projeto para Câmara de Vereadores, recheado de ‘pegadinhas’, ou ‘jabutis’, conforme já ficou evidenciado pelos representantes dos professores.
A Aprost (Associação dos Professores de Serra Talhada), estudou cuidadosamente o projeto, e já de cara, entre tantas aberrações apontou que o Governo Municipal, na tentativa de ludibriar os docentes, alterou toda tabela de salário e progressões, inclusive menosprezando graduações, no intuito de achatar salários.
Mas o que mais preocupa é que a gestão não se abala com as evidencias apresentadas, isso porque tem a certeza de que a maioria esmagadora que possui no legislativo municipal, aprovará, como sempre fez, o projeto do governo, isso sem nem levarem em conta o prejuízo que trazem para os trabalhadores.
Se desconhece um projeto governamental que tenha sido rejeitado ou mesmo emendado pelo legislativo local, e isso há muitos anos. Essa constatação faz aparecer rugas entre as lideranças dos professores.
Até agora, ainda não atentaram que todo este movimento vem sendo construído já lá de trás. O prefeito ainda era o senhor Luciano Duque, hoje candidato a deputado estadual, responsável pela chegada da atual Secretária de Educação do Município, e que, conforme comenta-se, obedece a ordens direta do ex-gestor.
Duque, foi o responsável pelo sucateamento de diversas áreas do governo. Na sua gestão ele deixou em frangalhos a Guarda Municipal, o Esporte, a Cultura, a Secretaria de Obras, Saúde e por aí vai. Em seus planos, garantem, estava acabar com o Plano de Cargos e Carreira dos Professores, e foi com este intuito que trouxe de fora alguém que sujeitou-se seguir suas ordens. E aí está.
Márcia Conrado, tal qual disse durante a campanha, apenas dá continuidade ao maléfico plano duquista.
É comum, em época de eleição ver os candidatos posarem em fotos e aparecerem em tudo, até mesmo em aniversário de boneca, logo vem a pergunta: porque Duque ainda não apareceu para mediar esta celeuma entre professores e Governo Municipal?
Logo ele, que até pouco tempo atrás dizia na imprensa local que tudo que Márcia fez foi ele que deixou… porque agora se esconde?
Será porque sabe muito bem o que fez… ou o que está acontecendo?
Dissemos aqui e vamos repetir: tememos muito que nossos professores acabem ‘chupando o dedo’ nisso tudo.
É um jogo de cartas marcadas, e, como têm certeza que depois esquecem tudo e nas urnas não sabem dar o troco merecido… não estão nem aí… nem um pouco preocupados.
Certamente não perderam um dia de sono, já os trabalhadores… bem estes certamente perderam.