EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 19/08/2024
Começou pra valer a campanha política de 2024.
Nas ruas um verdadeiro batalhão de vereadores vem busca de votos para si e para o seu candidato. Quando falamos em um batalhão é porque de fato o é. Registrados no TSE são 150 postulantes a uma vaga na Assembleia Legislativa do Município, a Câmara de Vereadores. Sabemos que este número se reduz bastante quanto se leva em conta a possibilidade de ser eleito, só que, na cabeça de cada postulante, ele tem ‘meio mundo de votos’, fato que só vai descobrir a realidade depois de aberta as urnas e computados os votos, em 6 de outubro.
Para a grande maioria a decepção da derrota. Para uns a uma decepção maior ainda quando descobrem que não tinha o ‘meio mundo de votos’ que acreditava em ter.
Mas as atenções mesmo estão voltadas para os candidatos da majoritária, que buscam a cadeira do executivo.
De um lado a prefeita em busca de ser reeleita, seguida pelo seu ex-padrinho político que lançou o filho na tentativa de desbanca-la.
Nesta luta estão também o candidato da direita, Sargento Jucelio, pelo PL e o esquerdista psolista, Dr. Luiz Pinto.
É sabido que as chances destes dois últimos citados são pequenas, mas eles estão aí, fazendo seu trabalho e democraticamente colocando seus nomes como uma alternativa, ambos trabalham em cima de basicamente um mesmo tema: mudança no comando do município.
No caso do PL um candidato sem histórico político, mas incentivado pelos ideais do Governo do seu líder: o ex-presidente Jair Bolsonaro. Do outro lado o médico Luiz Pinto, que embora nunca tenha concorrido diretamente, sempre esteve nos bastidores da política, e, há quem diga que ele, o candidato, é bem diferente da sigla pelo qual concorre nas eleições, o PSOL.
É indiscutível que a prefeita leva vantagem em toda esta disputa, afinal ela tem a máquina na mão. Seu portfólio da sua gestão e sua exposição na mídia durante estes quatro anos lhe dá esta vantagem. Seu nome está mais em evidencia na memória da população e ela começou em grande estilo já demonstrando força, só que, é bom que seus coordenadores fiquem atentos pois lhe segue como a segunda força nesta campanha o jovem Miguel Duque, sacado do bolso do paletó do pai, que ficou impedido de concorrer contra a atual gestora, e que se lançou em campo, mas, diga-se de passagem, lançou-se com todo gás.
Vem fazendo uso da sua juventude e copiando sem cerimônia o mesmo estilo do outro jovem Victor Oliveira, que por pouco não desbancou na época o pai de Miguel…. Faltou pouco, como comentou. E a fórmula de Victor foi andar, abraçar, apertar mãos, se fazer conhecido e mostrar a vitalidade da sua juventude.
Miguel está fazendo a mesma coisa e vem crescendo, se Márcia não quiser ser atropelada faça uma viagem ao passado, estude com muita atenção toda a movimentação daquela campanha que trazia Luciano Duque versus Victor Oliveira… observe com muita atenção mesmo e verá que muitas semelhanças estão aparecendo agora.
Já assistimos a algumas campanhas de candidatos com a certeza de estarem eleitos serem desbancadas. Esta certeza do ‘já ganhou’ é traiçoeira, como já dissemos aqui, somente depois das urnas abertas é que se sabe o resultado de fato, até lá, cada movimento… cada palavra, cada ação pode ser determinante.
Se cochilar o cachimbo cai. Se engana quem pensa que a prefeita vence de braçadas. Neste terreno tudo é novidade e instável. Até mesmo uma cãibra pode prejudicar quem já está quase na borda da piscina.