EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 21/08/20
Será que é muito cobrar dos poderes executivos e dos legislativos responsabilidade? Ontem a câmara, para o bem do País, seguiu um entendimento diferente do senado e manteve o veto do presidente Bolsonaro quanto a reajuste até o fim do ano que vem.
Ora, se diante dessa pandemia milhões perderam seus empregos e outros tantos milhões tiveram reduções e perdas de benefícios, para manter o vínculo, como poderemos debater mais comprometimento dos recursos federais com aumentos do funcionalismo?
É bom frisar outra vez: estamos numa pandemia, logo o bom senso deveria prevalecer, mas isso é só no campo teórico do “deveria”, afinal, aqueles que não têm compromisso com as coisas sérias que fazer um espetáculo circense, mesmo sabendo que auxilio emergencial de 600 é perigoso e autorizar reajustes seria amarrar a gestão ainda mais, sem falar que estaria agraciando uma categoria que sofreu muito menos perdas por conta da covid019.
Para uma oposição comprometida com ideologias e suas entidades, líderes partidários, o pais, o coletivo que se dane. O proposito é fazer política com coisas sérias, como covid-19, Hidrox-cloroquina, facada e etc. E o orçamento? Ahhh, que orçamento, que Brasil, presidente! Quanto piorar o ambiente para inviabilizar a governabilidade, melhor.
A falta de zelo com o dinheiro público e com a boa administração pública assistimos todos os dias. Ela vem no fechar dos olhos do legislativo para projetos perversos do executivo, seja em contratações temporárias ou obras feitas para acabar ou mesmo numa autorização de contratação de empréstimo desnecessário. O que se supõe é que, para deixar passar a boiada, exige-se pelo menos uma cabeça.
A isonomia deve nortear o gestor para que não uso de suas atribuições para se locupletar ou seus agregados, do dinheiro público, na maioria das vezes desrespeitando o interesse da administração pública.
Apesar de ter melhorado, falta ainda a sociedade o rigor na hora de fiscalizar gestores e legisladores. O controle social é o mais importante, pois se políticos de mandato ignoram o interesse do povo, deve ser penalizado com o abandono nas urnas, afinal o dinheiro é do povo. Menos política, menos enriquecimento e mais compromisso com o povo, com o uso adequado e criterioso do erário. Menos projeto de poder e mais governança para o bem comum.