EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 22/11/2022
Continua preocupante a situação política do país. Manifestações continuam acontecendo, de forma orgânica por todo país, e muitas das vezes atiçadas pelas ações ilegais e irresponsáveis do Ministro Alexandre de Moraes, que se arvorou do poder, tomou para si e manda e desmanda, a revelia de todo os outros poderes.
A priori, a hegemonia de mando do TSE teria duração até o dia 31 de outubro, mas, ninguém sabe o porquê, estendeu-se e foi prorrogado até o final do ano. Em outras palavras, o TSE, que é um tribunal eleitoral é quem dita as leis no país, e o mais grave, sob a batuta ‘celestial’ de um único home: Alexandre de Moraes, que independe de consultas.
Quase que diariamente uma medida inconstitucional e ilegal é tomada pelo Ministro. Agora mesmo, ontem, ele mandou cancelar o passaporte do blogueiro Alan dos Santos, que atualmente está ‘asilado’ nos Estados Unidos.
A medida é tomada pelo Ministro sem consulta a nenhum outro órgão. Atua de acordo com seu humor diário.
O desembargador Aposentado, Sebastião Coelho, ao vivo pediu a prisão de Alexandre de Moraes, “em flagrante’, disse o desembargador e alegou que as medidas do Ministro estão sendo cumpridas e assim, o ato é flagrante.
Sebastião Coelho garantiu também que pelo menos 80% do judiciário não concorda nem aceita o que o Ministro vem fazendo, mas, embora faça essa afirmação, ficamos na espera de quem, tomará a atitude de prender Alexandre de Moraes, e também, de quem irá julgá-lo,
Por tudo isso… pelo fogo que queima embaixo deste ‘monturo’ que transformou-se as instituições brasileiras, é que se têm a certeza da instabilidade que vive o país, provocadas, como já dissemos lá atrás, por aqueles que deveriam zelar pelo cumprimento das leis.
O mais triste é conviver com o acovardamento dos representantes do povo: senado e câmara, ou seja do Congresso Nacional, que possui os poderes suficientes para resolver toda esta celeuma.
Também é triste ver instituições que possuem prerrogativas constitucionais para se pronunciarem, como é o caso da OAB, silenciarem em um silencio cumplice.
Restou o que então?
Restou a população apelar para o caminho que pode até ser mais doloroso, tipo uma intervenção, mas é o que se tem a mão.
Vivemos dias incertos e tumultuados, e é lamentável porque todos os caminhos levavam para um futuro mais ameno… agora é torcer e ver no que vai dar.