EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 23/06/21
Responda com sinceridade:
Tem coisa mais maçante e tediosa do que essa CPI da Covid?
Do que a insistência desmedida e até cômica (se não fosse trágica) das grandes redes de televisão, em especial a Globo em demonizar as ações do Governo Federal?
Em tentar a todo custo descredibilizar qualquer testemunha que participe da CPI e que venha por ventura se posicionar a favor do governo?
É realmente patético o comportamento de tantos jornalistas, que manipulados e em ambientes ‘aparelhados’, tentam fabricar notícias.
Distorcem informações, analisam de forma maldosa com o único intento de moldar o pensamento do povo.
Se não moldar, pelo menos confundir, para aí, no terreno da dúvida poder plantarem suas verdades.
Mudando um pouco a colocação temos que dizer que já cansou tudo isso, tanto que a população acabou seduzindo-se pela saga de um marginal, o Lázaro, e acabou achando mais interessante acompanhar esta saga do que a mesmice da Comissão Parlamentar do Senado.
Isso nos preocupa. Gostaríamos de ver as instituições recebendo a atenção e o crédito devido da população, só que, eles, no caso aqui os senadores, atuaram de forma que a cada dia se afundam mais e mais no pântano em que habitam.
Se tinham a intenção de agirem como estão agindo, seria melhor ter escolhido outro campo de batalha e não este da CPI, porque neste, está bem claro que é um jogo de cartas marcadas, e as jogadas não estão convencendo o povo.
Infelizmente, dia a dia ratifica-se ainda mais as intenções maléficas da maioria dos políticos, principalmente daqueles que fazem questão se manterem na prática da velha política, na política do fisiologismo, do protecionismo e das falcatruas.
E isso, é preciso que se diga, seja nos políticos de lá ou de cá.
Dos maiores centros e também dos menores.
É impressionante, todos parecem terem estudado na mesma escola, com o mesmo professor.
Temos nossos casos aqui, que resguardada as proporções é tão grave e imoral como são os processos de Renam, ou as acusações a Omar Aziz.
Temos aqui políticos citados como réus em ações de desvio de recursos públicos, gestores com contas rejeitadas, mas que se apresentam como consultores políticos, galgados, segundo ele, na experiência adquirida na vida pública.
Mas que experiência?
Na experiência de se apropriar dos recursos do povo, na experiência de gerir mal o patrimônio público?
Mas é isso que assistimos Brasil a fora, e tudo graças a uma capa de impunidade que protege com mais eficácia exatamente estes de colarinho branco.
Sentimos falta e saudades da força tarefa de Curitiba. Pelo menos, naquela época, quando em ação, intimidava um pouco todos estes que agora voltam a fazer a ‘farra do boi’. E riem, e se esbaldam, enquanto a população assiste pasma, a se perguntar: como deixamos tudo isso voltar? Ou mesmo a decidir que não se pode deixar nada disso voltar.