EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 23/09/20
Caro cidadão serra-talhadense, o que está de mais evidente nestas eleições até o momento é que o apreço pelo poder fala sempre mais alto. Falta espírito público e sobra interesse em emplacar os objetivos pessoais. Esse comportamento começa desde a disputa interna dentro do grupos. A liderança rema sempre para onde bem interessa e que os súditos deem suas braçadas, se quiserem alcançar.
Quase nunca as escolhas internas são democráticas, apesar de as lideranças alardearem que sim. Os acordos prevalecem a intenção de voto, a capacidade técnica e até as questões legais. O projeto, quase sempre, é de poder e não de governança.
Como ocorre em várias regiões do Brasil, inclusive nas mais desenvolvidas, toda mobilização é de olho no recurso público, abundante e que pode irrigar ideais particulares. Diante desse constatação, projetos novos sucumbem diante da tentação de esta a mesa na hora da fartura.
Assim como já aconteceu no passado, vimos candidaturas por vias tidas como independentes ruírem sem dizer a que vieram. No fim, possíveis candidatos, entre aspas, independes, se aproximam de grupos e políticos tradicionais, que vão continuar praticando os mesmas crimes contra a administração pública.
Diante da covardia, do medo ou do desejo velado de se darem bem, candidatos rotulados como livres nada mais fazem senão evidenciarem seus nomes por um tempo na pré-campanha, para mais tarde, próximo das eleições, venderem a preço de ouro os seus apoios. Algumas figuras são velhas conhecidas pela prática recorrente.
Com acordos nada republicanos, candidatos que de fato teriam todas as condições para oferecerem algo novo ao cidadão, se encaixam em projetos viciados e pior, não mostram estar desconfortáveis. Pelo pragmatismo, pela nítida ambição pelo dinheiro, matam precocemente projetos que poderiam contribuir ou, nesse caso, mostram suas verdadeiras faces.
O lamentável é que, desta forma, nada de novo, relevante e inspirador acontece de 4 em 4 anos. Na largada são sempre muitos nomes, mas a grande maioria retira suas candidaturas ao passo que forem procurados e alojados dentro da estrutura que vai minar o dinheiro do povo.
Como já foi dito, sobre interesse em participar do ataque ao erário e falta espírito público a estes homens e mulheres.