EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 24/09/20
Entendemos que é legitima a intenção de diversos cidadãos de oferecerem seus projetos para apreciação da sociedade, por isso é natural que tenha múltiplas candidaturas, porém se os egos ficassem de lado e se o pensamento fosse de fato mudar os rumos atuais da cidade, deveria haver diálogo e entendimento. Se houvesse espírito público, especialmente da oposição falamos, deveriam ter objetivos comuns, um deles libertar a sociedade do atual modelo, o qual todos os candidatos de oposição tanto criticam.
Inflado pelo egocentrismo exacerbado, todos, cada um nos eu camarote particular, poderão assistir a mais um derrota da chamada oposição. Não adianta ser otimista exagerado e contar somente com o voto livre e independente. Ainda há muito patrulhamento e abuso do poder econômico e da máquina, imperceptíveis aos olhos da justiça. Aliado a esse fato, ter muito candidatos de oposição fragmenta a votação e morrem todos na praia.
É verdade que existem derrotas e derrotas, mas o quase é terrível, como diz Luís Fernando Veríssimo: “ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase”. Sair bem, “quase vencer”, mas não vencer não significa nada no desmantelamento do modelo de gestão que se questiona. Fora do campo de vista lógico, o que resta é uma aposta sempre demasiadamente arriscada.
Pode ser que tenhamos uma reviravolta. Que o cidadão livre se emancipe e não leve em consideração fragilidade financeira da campanha ou a falta de apoios consistentes no legislativo, porém é mais palpável um nova derrota das chamadas oposições, apesar da lista numerosa de questionamentos sobre a conduta destes gestores que querem fazer sucessores.
É bom que se diga que uma nova derrota tem pai e padrinho: Sebastião e Carlos Evandro, que olharam apenas para suas conveniências, para seus projetos. Não tiverem, em nenhum momento, o interesse de ouvir o povo, de oferecer uma opção segura e confiável. Preferiram se abster ou tolher qualquer movimento que nascia no grupo. Por isso a oposição perde apoios e gordura e vive assombrada pelo fantasma de uma derrota iminente.