EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 25/08/2021
Pois vamos lá. Vamos falar de algumas práticas que querem porque querem que sejam normais, mas que insistimos em não aceitar tal banalização.
Uma das questões que com frequência abordamos aqui é a impunidade, que, ao nosso ver, e acreditamos somos acompanhados por muitos outros, acaba corrompendo o cidadão, quando lhe passa a sensação de que ‘o crime compensa’, e a outros quando são forçados a assistir e muitas vezes a ter seus direitos infringidos por medidas um tanto quanto relapsas.
Sempre defendemos que a cidadania consiste de direitos e deveres.
Estaremos sempre contra a violação dos direitos do cidadão, assim como somos extremamente contra as violação pelo cidadão aos preceitos morais, a ordem e a lei.
Ainda ontem noticiamos aqui que o motorista que bêbado atropelou duas pessoas em Afogados da Ingazeira, ressaltando que estas pessoas que foram atropeladas estavam na calçada. Um deles veio a óbito, e o motorista foi ouvido em audiência de custódia e liberado.
Não conseguimos entender o que passa na cabeça do juiz que toma tal atitude.
Não conseguimos acreditar que assim: amenizando, ‘passando a mão na cabeça’ possamos de fato forjar uma sociedade ordeira.
Quando não fica livre na audiência de custódia, é beneficiado pelas tantas regalias que a lei permite, seja redução de pena pelas mais variadas condições: ler livro, bom comportamento, indulto de natal, réu primário, e por aí vai. O certo é que em raríssimo caso os apenados pagam de fato seu débito com a sociedade por ter infringido a lei.
Sabemos sim que as cadeias e presídios brasileiros, como também de outros países, não recupera ninguém, na verdade capacitam ainda mais para o crime, só que somos daqueles que defendem que quem errou tem que pagar pelos seus crimes, somos daqueles que defendem de que a partir do momento que de fato foi condenado, perde seus direitos, que não tem direitos a regalias.
Acreditamos que somente com normas rígidas, disciplinares é que vamos poder construir uma sociedade mais ordeira, assim como está o que vemos é só a banalização do crime.
Ninguém teme a justiça… ninguém teme ser preso, sabe que é um bate e volta.
Aliado a isso outra coisa preocupa: somos o país dos apadrinhados.
De que adianta estudar, se esforçar, ralar em busca de conhecimento se na hora de se colocar no mercado o que vale é o QI, no caso aqui, ‘Quem Indicou’.
Vejamos agora: O filho do presidente da Alepe acaba de ser nomeado oficial de gabinete do governador.
Ele, o rapaz é estudante de direito, mas isso é o mínimo, ele podia ser uma anta qualquer, o que interessa mesmo é o cargo do pai.
É incrível como não falta emprego para estes ‘apaniguados’. Como eles tem facilidade de passar em concursos e fazer carreira meteórica no serviço público.
Aí só nos resta indagar: como isso vai dar certo?
Vamos até onde assim?
Sabemos ser ufânico, mas não seria mal um pouco de moralização, ou seria?
Seria pedir demais que se respeitasse a meritocracia? Que se desse um basta nessa impunidade desvairada para tentarmos construir uma nova sociedade?
Seria?