EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 26/03/2024
Se afunila cada vez mais a disputa eleitoral deste ano. As eleições como se sabe será para escolher prefeitos e vereadores. No primeiro momento todas as atenções se voltam para os pretensos candidatos a prefeito.
É assim em todos os municípios. Alguns se candidatando a reeleição, e outros, como já legalmente não podem mais concorrer ao cargo, apresentando seus preferidos.
O que mais acontece é o prefeito que está deixando o cargo indicar um aliado, não pela sua capacidade administrativa ou outra coisa, mas sim pela certeza de que aquele seu indicado será simplesmente ‘um poste’, ficará lá, firme no lugar apenas guardando sua vaga, pois ele, o prefeito de agora, pretende voltar daqui a quatro anos.
Também não é raro assistir ao poste criar vida e não querer ser apenas a figura decorativa. “Tomar gosto” pelo poder, como se fala por aqui, e assim, resolve não devolver a cadeira… resolve tentar permanecer nela, e isto já vimos aqui em outros momentos e mais ainda agora quando se desenha uma campanha acirrada entre a criatura e seu criador, ou seja, Márcia Conrado e Luciano Duque.
Luciano acreditava que Márcia apenas “esquentaria a cadeira’ para ele. Ele até ensaiou continuar administrando na sombra de sua ‘afilhada’ ou sua marionete. O erro de Duque é que enxergou apenas em Márcia a figura doce, meiga, dócil, sempre solicita e de sorriso no rosto, afeita a abraços e a distribuir simpatia.
Luciano pecou em não se aprofundar na história.
Márcia descende de políticos históricos da cidade. Carrega no gene o germe da política. Nasceu e criou-se em um ambiente onde as discussões políticas erma o ‘prato do dia’.
Nisso aí difere de Duque, que nasceu em berço de ouro, burguês da mais alta camada econômica da cidade. Ele (Duque) teve que construir uma personagem para vender na política, e até deu certo, a muitos ele tenta se mostrar como defensor dos pobres, do proletário, mas ele mesmo nunca foi pobre nem nunca deu um dia de serviço para ninguém.
Já Márcia, embora de família também abastada, nem tanto quanto Duque, criou-se em meio a sociedade rural. Convivendo com agricultores, fossem produtores, fossem os próprios trabalhadores rurais. É comum no sertão, patrões e empregados conviverem na mesma mesa, e na mesma mesa conversarem sobre seus projetos políticos.
Pois bem, advinda deste ambiente, não demorou para que a prefeita descobrisse que estava sendo usada, e, ardilmente se desvencilhou da trama traçada pelo seu até então padrinho político.
O erro dela é que acreditou que o ajudando a se eleger deputado, poderia está lhe afastando, mas não, Duque foi eleito como uma votação extraordinária em Serra Talhada, com a ajuda da máquina administrativa do município, não se tem como negar, mas nunca alimentou desejo pelo legislativo, seu sonho mesmo é voltar a sentar na cadeira de prefeito de Serra Talhada, mas agora está numa enrascada, pois, pelo visto terá que brigar até mesmo com o seu próprio partido.
Um aliado de Duque revelou que ele tem um plano B, caso Marília Arraes lhe negue a sigla… esta declaração do aliado do ex-prefeito apenas evidencia de que de fato as coisas não andam fácies para ele.
Isso não quer dizer porém que esteja ‘morto’, nada disso. Engana-se quem achar que já é ‘cachorro’ morto e arriscar chutar, pode ter uma desagradável surpresa, mas uma coisa não se pode negar, Márcia está neste momento vencendo de braçadas.