EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 26/04/2021
Em Serra Talhada um assunto domina as ‘rodas de conversa’: a inércia da gestão da atual prefeita Márcia Conrado, mais até do que o assunto nacional que é a Covid-19.
O curioso é que a crítica, ou lamento, isto mesmo, lamento, pois nas conversas sobre a má gestão da atual prefeita soa muito mais como um lamento e vem de todos os lados, tanto da ‘minguada’ oposição local, como, com mais ênfase dos cidadãos comuns e até mesmo dos seus aliados.
A cobrança mais comum é para que a prefeita assuma sua função, para todos, por unanimidade, Márcia Conrado ainda não assumiu o seu posto de prefeita.
Sob forte influência do ex-gestor, Márcia Conrado mantém-se a sombra do seu padrinho político, que continua sendo tratado como ‘o prefeito’.
Alguns secretários, mantidos em sua pasta por imposição do ex-gestor, mostram-se desgastados, no entanto, achando-se ‘protegidos’ pelo padrinho político, ajudam ainda mais a enterrarem o governo de Márcia Conrado.
A situação caótica de alguns bairros, em especial o IPSEP e o ‘escândalo’ dos calçamentos levados pelas recentes chuvas, em ruas que foram pavimentadas a menos de seis meses tem revoltado moradores, sem contar no abandono das praças.
Somado a tudo isto a atual gestão ainda não apresentou seu projeto de governo, tal qual disse na campanha, quando perguntada em entrevista sobre ao assunto, de que o projeto faria depois que assumisse, assim, como disse um vereador que preferiu não se identificar: ‘existe esperança de que apresente tal projeto, já que ela ainda não assumiu”.
Na educação, aceita, sem discutir toda e qualquer imposição do sindicato controlado pelo seu partido, o PT.
Na saúde, pasta que entregou a sua sogra, nenhuma inovação ou ação que ajude a melhorar as condições sanitárias e mesmo a oferta de socorro médico tem sido apresentado, a Secretaria limita-se a emitir boletins e cumprir o calendário e aplicar as vacinas distribuídas pelo Governo Federal e Estadual.
As reclamações de falta de médicos em postos e medicamentos na farmácia básica são constantes.
Embora o município mantenha funcionando os leitos de retaguarda, no Pronto Socorro São José, ao contrário do que tem feito outros municípios no estado, Serra Talhada não se esforçou em montar nenhum leito de UTI para desafogar os leitos do Hospam e Hospital Eduardo Campos.
No início da gestão, em ação midiática, juntamente com alguns outros prefeitos da região, posou para fotos garantindo que estava ‘destravando’ o famigerado SAMU, o que só ficou nas fotos, nada mais se falou sobre o assunto.
Logo depois também pousou para fotos como palestrante em um suposto encontro climático a ‘nível mundial’, onde do Brasil, somente ela e a prefeita de uma cidade do Acre faziam parte.
Recentemente, seguindo determinações do governo do Estado, apresentou um socorro emergencial para os artistas, principalmente para os músicos, classe que vem sendo castigada já há mais de um ano.
A Ação da prefeita, no entanto segue a reboque de outros municípios que já vem executando tal auxílio, e no caso de Serra Talhada, sofrendo muitas críticas dos artistas diante das exigências e burocracia, entre elas certidão negativa de débitos.
Como?
Exclamou um músico, como está com nome limpo se faz um ano que não trabalhamos? Indagou.
Também até hoje a atual gestão nada falou da UPA 24 horas, que continua com sua obra, ou seus escombros se deteriorando a céu aberto, uma bora que se arrasta desde o início do governo Luciano Duque, que já penalizou os cofres públicos e levou alguns empresários a falência.
Lá perto da UPA 24 horas a prefeitura se arrasta e se enrola em uma ‘passagem molhada’ localizado em um canal de esgoto a céu aberto. A obra é tocada em marcha lenta e fiscalizada, quando fiscalizada, pelo ex-prefeito… ou seria prefeito?
E o Parque dos Ipês? Também na mesma área…
Fotos e mídia para o lançamento da pedra fundamental. Mas e a obra, começa quando?
Ou é aquilo mesmo? É o que pergunta moradores dos arredores do mesmo.
Apesar de tudo isso, não se tem notícia da prefeita.
Tal qual acontecia quando era Secretaria de Saúde.
Tudo isso é o que se fala nas rodas de conversas pela cidade.
Garantem alguns mais próximos que tudo está chegando no limite: “vamos ter uma conversa com ela”, é o que dizem.