EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 28/07/20
Infelizmente dia a dia registramos os descalabros da política… na verdade dos nossos políticos. Registramos de como se usa a máquina pública para causas próprias, para atenderem projetos pessoais.
Infelizmente somos obrigados a conviver com as ‘maracutaias’ de todos aqueles que se arvoram do poder, se arvoram de cargos que lhe são conferidos pelo cidadão para se locupletarem, para transformar a função de servir a comunidade em se servir, ou em servir apenas aos seus.
É triste e lamentável ter que ouvir tudo que ouvimos. Termos que ter o conhecimento de tudo que acabamos sabendo e não vermos nenhuma providência para que estes descalabros tenham um fim… o fim que merece com punição pelo uso inadequado do bem público.
Aí vemos o governo montar um hospital (de lona, diga-se de passagem) e contratar através de chamada pública uma empresa pela bagatela de mais de 29 milhões. É o que eles chamam de terceirizar o serviço, para torna-lo mais ágil e desburocratizado, e é o que nós chamamos de engodo… de enganação.
Sempre são os mesmos que são beneficiados nestes contratos, são as mesmas empresas, é só olhar quem administra outros órgãos do estado, aí se ver quem está por trás, e vem o mais agravante, ou o mais enojante: Descaradamente estas empresas divulgam processo de seleção para os servidores, como foi o caso agora do Hospital de Campanha, como foi também na UPA-E, mas a seleção na verdade é só uma enganação, assim como são também as tantas e tantas seleções simplificadas do governo municipal.
Cartas marcadas onde já se sabe quem é que será selecionado. Uma falta descarada de respeito aqueles que muitas vezes se prepararam, estudaram, se capacitaram esperando uma oportunidade, só que, de que vale títulos, capacitações? Se o que importa é quem vai lhe indicar, é o dedo podre da política, de candidatos, eleitos, de pré-candidatos que transformam este momento em seu cabedal de votos.
É enojante escutar conversas entre políticos lamentando porque teve alguém seu fora da lista dos convocados, e sempre, todos eles alegam, ‘ficou de fora alguém do nosso grupo…”
Que grupo? Perguntamos.
Afinal é um aparelho público, que vai prestar serviço à população, logo, deveriam as vagas serem preenchidas por quem de fato preenche os requisitos, e não por quem vive à sombra dos poderosos, servindo de lacaio, esperando exatamente este momento para abocanhar seu quinhão.
Na maioria das vezes estes lacaios nem tem a capacidade de ocupar tal função, mas o dedo podre do seu político, em troca da sua subserviência lhe colocou ali.
É triste, é lamentável, é trágico tudo isso.
Vislumbramos o dia que cada um de nós valha o que realmente somos, sem ter que se rebaixar, sem ter que engolir os descalabros e canalhices de chefes, de líderes inescrupulosos. Sem ter que aplaudir espetáculos insossos, apenas para agradar o chefe.
Somos nós, povo, que temos que dar um basta nisso.