EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 28/11/2022
Daqui a pouco a seleção brasileira entra em campo e pelo menos durante 90 minutos se coloca de lado todos problemas que o país vem enfrentando para viajar na fantasia da Copa do Mundo, e É justo, afinal o ano não vem sendo fácil, então, nada mais justo do que um momento de relaxamento.
A diferença nesta Copa é que desta vez nossa gente não está se deixando embriagar com os dribles, passes e gol da nossa canarinha e esquecendo da realidade que vivemos.
É claro que vibramos, todos. É claro que o coração bate mais forte, mas passado o momento ai voltamos para nossa realidade, e, infelizmente para uma realidade preocupante pois assistimos diariamente o avanço desmedidos daqueles que juram que agora será implantado o ‘governo do amor’. O ‘governo do bem’, como se estivéssemos, ou estamos vivendo sob o domínio do ódio.
Vibrar com a contusão do jogador Neymar, desejar que não se recupere, apenas porque o jogador declarou voto no presidente Bolsonaro, para eles, é expressão de amor… do bem.
Desejar a morte de jornalistas, ou de apoiadores do presidente… é também expressão de amor.
É esse o governo do bem que pregam.
Para eles, manifestações pacíficas, ordeiras, como as que continuam acontecendo por todo país, um direito do cidadão, de se expressar, de se indignar com ações que ferem a cidadania, são movimentos antidemocráticos, mas, invadir terras, destruir plantações, colocar fogo em maquinários, matar animais, aí sim, são manifestações do bem.
Ainda bem que nossa gente acordou. Ainda bem que os cidadãos de bem, que estão preocupados em deixarem um país melhor para seus filhos e netos, acordaram dos tanto e tantos anos de ‘embriaguez’, onde com ‘pão e circo’, governos inescrupulosos enganavam nossa gente.
Pouco a pouco começa a se enxergar a diferença de política social e reparadora para politicagem, com atitudes bandidas e covardes de prender o cidadão carente pela barriga.
Isso não é política reparadora. A política reparadora é aquela que socorre no momento de necessidade e cria em seguida condições para que o cidadão sobreviva pela força do seu trabalho, sem ter que ficar atrelado, escravo dos favores de outros homens.
É assim que queremos o Brasil: produzindo… mais e mais.
Uma nação de trabalhadores e não uma nação de indigentes… dependentes dos favores alheios.
O bem maior do homem e da mulher é sua dignidade e esta não pode está a venda nem muito menos sendo trocada e servindo de escada para inescrupulosos.
Mas os tempos estão mudando.
Agora, ao mesmo tempo que paramos para vibrar com nossa seleção neste que sempre foi a maior paixão do país, estamos também atentos aos bastidores da política, estamos atentos a cada movimento e prontos, para assim que for dado o apito de encerramento do jogo, aí voltamos para outro campo, agora o campo da batalha em busca da liberdade plena, em busca do país que desejamos.