EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 30/05/2022
É inacreditável o que vemos dos políticos brasileiros.
Enquanto a população no geral, de norte a sul, não apenas dentro do estado, mas espalhados pelo país todo lamentam e se solidarizam com a tragédia no Recife, o que vemos dos políticos: fazendo disso um palanque eleitoral, e aqui não vamos perdoar ninguém… todos estão errados.
Por um lado, o governo de Pernambuco que se nega a Receber o Presidente da República em sua vinda para o Recife para ver de perto a situação.
Alega o governador que não foi informado oficialmente.
Isso nos faz lembrar uma certa visita do Governador a Serra Talhada, na gestão do ex-prefeito Luciano Duque. Por duas vezes o governador esteve visitando Serra Talhada, e por duas vezes Duque não foi recepciona-lo.
Já vimos isso acontecer também na Bahia, quando da inauguração de um aeroporto, no qual o presidente Bolsonaro Participou e o Governador da Bahia não foi recepciona-lo.
Até aí tentamos compreender a ‘rixa’ política, embora achamos tratar-se de extrema falta de cortesia e educação.
Mas agora o caso é pior. É um caso de calamidade, é uma situação onde todos deveriam, e devem estar unidos, de mãos dadas para pelo menos amenizar o dor dos mais necessitados.
Mas o Governo de Pernambuco optou por transformar a dor dos pernambucanos em disputa eleitoral.
Não que também não tenha seus erros a Presidência da República que, possivelmente em retaliação anunciou que liberaria R$ 500 milhões, mas que não liberaria para o Governo do Estado, e sim diretamente para os municípios atingidos.
A iniciativa é boa e correta pois já vimos outros em outros momentos, como nas cheias de Palmares, os recursos se perderem pelo caminho, mas sejamos francos, não é a hora apropriada para estas ‘queda de braço’.
Já dissemos aqui e vamos repetir: o comportamento dos líderes guiam os liderados, no caso o povo.
Se é assim que se comportam lá em cima, o que dizer aqui em baixo.
Felizmente o povo parece alheio a esta guerrinha de egos e interesses politiqueiros e procura fazer a sua parte. Se mobiliza, junta daqui, ajunta dali e constrói uma rede do bem… mas do bem mesmo. Uma rede de ajuda humanitária para socorrer e acalentar tantos que perderem o muito pouco que possuíam, e outros tantos que perderam ente queridos.
A nosso ver, nestas horas se coloca as diferenças de lado e parte para o que realmente deve ser feito. Depois retoma a disputa… a peleja.
Não fazem isso sempre? Não brigam, xingam, dão um nó e depois, quando lhes interessa não desatam esse nó e se abraçam? então porque não agora. Porque esta necessidade de tirar proveito da desgraça alheia?
Torcemos para que o cidadão… este que está correndo atrás de fazer sua parte ajudando seus irmãos estejam vendo tudo isso e saiba depois dar a resposta correta para todos.