EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 30/06/20
E todas nossas atenções continuam voltadas para o coronavirus.
Informações tem pra todo gosto, uma verdadeira salada que termina não apenas informando mas também desinformando, causando apreensões, pânico terror e outras vezes otimismo em excesso.
Já está na hora de se filtrar, de informar a população exatamente o que está acontecendo, sem sensacionalismo, nem de um lado nem do outro.
É claro e evidente que não se pode deixar de chamar a responsabilidade, dizer da gravidade e de tudo que tem que ser feito para convivermos com este mal, mas também, convenhamos, não há necessidade de toda a imprensa do país dedicar 24 horas dos seus noticiosos para somente este tema, causando, como já dissemos acima uma verdadeira confusão entre a população.
Não precisa caminhar muito, em uma pequena caminhada pelas ruas se tem uma medida do pandemônio que vive a população, cada um que garante, jura que escutou uma notícia, quase sempre fantasiosa e espetacular.
Estamos de fato assistindo uma possível segunda onda da pandemia, e isso sem nem terminar a primeira, mas foi assim também na gripe espanhola. É natural da ação de vírus, ele não some no ar feito mágica, ele está aí circulando, por isso reforçamos sempre a necessidade de se precavermos, de continuarmos com todos os protocolos de higiene, distanciamento, etc.
Em outra oportunidade lembramos que foi assim em diversos momentos da nossa história, e até dissemos que ou o vírus se adapta a humanidade ou nós nos adaptamos a ele.
Mas tem boas notícias também para serem mostradas, como a quantidade de recuperados, como a vacina que está avançada e quem sabe, até o fim do ano já possamos contar com esse reforço.
Então nada de desespero, nada de pânico, como costumamos dizer: vamos sair dessa.
O que não podemos é deixar que tudo isso nos cegue e nos impeça de ver as manobras criminosas que estão sendo praticadas, principalmente agora, em ano de eleição.
Não podemos, e mais ainda o TSE não poderia deixar de enxergar as manobras eleitoreiras, criminosas, de políticos por esse país a fora, que se apropriam do momento para fazerem campanha, uns tentando se reelegerem, outros tentando elegerem seus sucessores, em busca de que estes deem cobertura ao mal feito que praticaram nos seus mandatos.
É no mínimo questionável, e falamos agora aqui de Serra Talhada, assistir a uma administração sofrível, sem realizações, durante oito anos que está no poder, aí, de repente, como num passe de mágica aparece com um pacote de ações que chega a assombrar.
Em todo mandato, principalmente neste último, de 2016 não foram calçadas tantas ruas como se promete agora.
É ou não questionável? Aí perguntamos: vai ter tempo para tanto? Ou será que é apenas um artifício, como se diz no voleibol, uma levantada de bola para que o candidato, ou candidata da situação faça uso durante sua campanha, prometendo dar continuidade a algo que sabemos ser apenas fantasia.
Que esta pandemia não nos deixe sem enxergar estas manobras e que na hora do voto lá na urna, possamos separar as duas coisas.
Fiquem atentos, estão querendo nos usar.