EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 31/01/2024
Tempos sombrios para um grupo político que já foi predominante em Serra Talhada. O grupo da Família Oliveira.
Sob o comando do ex-deputado federal Inocêncio Oliveira, o grupo era referência no fazer político local e sempre, mesmo quando não estava no poder, tinha forte influência na política do município, tanto que o ex-deputado, manteve-se como deputado federal por 40 anos, numa carreira brilhante que o colocou como uma das principais figuras públicas do município, ao lado de figuras como a de Solidônio Leite e do Governador Agamenon Magalhães.
Depois que deixou a vida pública, aos 76 anos, em 2014, seu espólio político passou para mão do seu primo Sebastião Oliveira, que na política foi eleito deputado estadual, depois deputado federal, exatamente ocupando a vaga deixada pelo primo Inocêncio e assumiu por duas vezes a secretaria de transportes de Pernambuco, como o governador Eduardo Campos e depois com Paulo Câmara.
Embora em destaque no cenário estadual, Sebastião não conseguiu sucesso no seu principal reduto eleitoral, herdado de inocência, Serra Talhada, e conforme comenta analistas políticos locais, exatamente por se comportar ao contrário de velho cacique.
Ao Contrário de Inocêncio, que era conhecido pela atenção as suas bases eleitorais, sempre pronto a atender e dar algum encaminhamento as demandas, Sebastião se mantém afastado das bases. ‘Só aparece nos anos de eleição, principalmente em eleição que ele esteja envolvido’, comentam na cidade.
Inocêncio, atendia e retornava todas as ligações que lhe eram endereçadas, já Sebastião é famoso por não atender ligações.
Quanto as articulações locai o ex-deputado se omite e só aprece sempre aos 45 minutos do segundo tempo para tentar impor um nome para representar seu grupo, e assim, já perdeu três eleições no seu principal reduto, Serra Talhada e vê, dia a dia seu grupo definhar.
‘Quem são o grupo de Sebastião? ” Essa pergunta ecoa no meio político local, e mesmo os que lhe são fiéis e ainda não abandonaram suas fileiras se sentem desprestigiados e conforme dizem pedindo anonimato ‘inseguros e abandonados’.
Agora mesmo, na preparação para eleição municipal, o Avante, sigla que é presidida por Sebastião no estado, não conseguiu indicar um nome para encabeçar sua chapa, e o pior é que ‘mergulhou’, não fala nada com ninguém, não se comunica com seus aliados e estes por sua vez já cogitam procurar outro abrigo. Boatos já dão contas que alguns dos mais fiéis seguidores de Sebá, já acenam para a prefeita Márcia Conrado.
É lamentável um fim tão melancólico para um grupo político que já se mostrou tão forte.