EDITORIAL DO X DE QUESTÃO – DIA 22/12/2023
Praticamente no apagar das luzes do velho ano, Serra Talhada acordou nesta sexta-feira com duas notícias que mexem com a educação do município.
Uma delas foi o anuncio da autorização da Secretaria Estadual de Educação para funcionamento do curso de Medicina na AEST (Autarquia Educacional de Serra Talhada). A autorização é para 100 vagas anuais, em duas entradas, no começo e no meio do ano, cada uma das entradas com 50 vagas.
O curso, que foi criticado porque não vai funcionar no prédio da Aeset e sim na Unifis, tem seus motivos para tal.
Antes é bom lembrar que a Unifis, na época FIS funcionou no Colégio da Imaculada Conceição, lembram?
Pois bem, é algo mais ou menos assim.
O prédio da Autarquia, que é onde funciona a tradicional Fafopst, não está totalmente estruturado para receber o curso de medicina, logo a Prefeitura está através da Unifis viabilizando o funcionamento do curso, que convenhamos é um grande feito, pois passa Serra Talhada a ter dois cursos de Medicina, algo inédito no interior e que certamente servirá para consolidar mais ainda o polo médico e o polo educacional de Serra Talhada.
A preocupação agora é que seja dado a este curso, que ainda não se tem detalhe de como vai funcionar realmente, um tratamento sério. O poder público municipal não pode deixar acontecer o que aconteceu e até vem acontecendo na AEST, ou seja, não pode haver interferência política, tem que haver dedicação e seriedade.
Vamos então esperar e ver o que acontece. A Aeset tem dois anos para fazer o curso funcionar.
A outra notícia vem causando um burburinho danado entre os docentes do município. Está de Volta para Secretaria de Educação Municipal o professor Edmar.
Edmar que já passou pela pasta e deixou saudades ao sair.
Depois dele a Educação de Serra Talhada esteve nas mãos de uma aliada de Luciano Duque, colocada na pasta para seguir religiosamente os ditames do então prefeito.
Marta Cristina, era esse o nome da secretária, não se acanhava em deixar transparecer sua subserviência ao chefe e assim, politizou a secretaria, onde prevalecia as vontades políticas. Ela a secretária continuou na pasta no governo Márcia Conrado, e transformou a Secretaria num ‘bunker’ duquista. Saiu sem deixar saudades.
Graças a esse seu alinhamento exagerado com o ex-prefeito, tão logo as relações entre Duque e Márcia deram sinais de rompimento, Marta foi demitida e em seu lugar entrou Erivonaldo. A passagem de Erivonaldo pela Educação foi tímida, ou morna, como queiram. Nada de novo foi implantado e nossa educação apenas patinou no lamaçal já existente.
Agora está de volta o professor Edmar. Querido, respeitado e que fez um bom trabalho.
Existem quem esteja criticando a prefeita por ter trazido de volta um secretário que foi do governo de Duque, na verdade vemos diferente, vemos um resgate de um nome que tem competência, que pode salvar uma área que precisar de um trabalho dedicado, por isso não criticamos, pelo contrário, aplaudimos, é preciso que os gestores se cerquem de técnicos e não de cabos eleitorais, e a nosso ver Edmar é técnico, resta apenas que o deixem trabalhar, que não interfiram.