EDITORIAL O X DA QUESTÃO – DIA 15/03/21
Mais uma agitação no Governo Federal. Apesar de ter declarado que não pediu para sair, é quase certa a substituição de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, tanto que o presidente, Jair Bolsonaro já sonda nomes para lhe substituir.
Seria então o quarto nome a ocupar a pasta, e isso em plena Pandemia.
Isso é bom? Claro que não. Só que a pressão é grande, e não é de agora, já vem lá de antes.
Aqui sempre apontamos as falhas do Ministro, mas também sempre indagamos: teria o que fazer diferente do que ele fez?
Enxergamos também muita ideologia naqueles que clamam pela sua saída, assim como vimos também muito viés ideológico nele que ocupa o cargo de Ministro.
É verdade que Pazuello foi lá para fazer exatamente o que fez: obedecer ao chefe, sem questionar, e esse sem questionar é que pode ter lhe prejudicado.
Não vemos muito o que outro, poderia ter feito, mas ele, Pazuello carregava com ele o peso do verde oliva… de ser um militar.
É interessante.
Todos estes que gritam contra preconceitos, que condenam homofóbicos, racistas, machistas e etc., não se acanham quando resolvem marginalizar os militares. Parece até que ser militar é um c rime.
O militar tem que ser visto (pelo menos para eles) como algo desprezível, mas é exatamente para os militares que correm quando se veem ameaçados.
As nações mais poderosas do mundo, por exemplo, Estados Unidos, China, Rússia, valorizam seus militares… idolatram até.
Nos Estados Unidos (país que gostam tanto de se comparar) ser militar enaltece currículos, aqui, não entendemos porque, mancha o currículo.
A tudo remetem o chamado golpe de 1964, devia-se também observar friamente a guerra que travou-se naqueles anos.
Não estamos e nem vamos nunca defender os exageros do regime militar. Existiram sim, e muitos desnecessários, mas como podemos fechar os olhos para os exageros e excessos dos contrários, da esquerda que também matava e também torturava. Que julgava sumariamente companheiros que acreditavam terem se comportado mal, e os d=fuzilava a sangue frio.
Não, não podemos fechar os olhos para nada disso.
Precisamos sim é abrir os olhos para o regime democrático, mas democrático com seriedade, onde todas as instituições funcionam plenamente, cada uma respeitando o direito da outra, e sobretudo, todas, mas todas mesmo, funcionando para gerar qualidade de vida e benefícios para o povo.
É assim que tem e que deve ser.
O homem ou a mulher, seja militar ou não, tem que ser apreciado pelas suas qualidades.
Chega de rótulos, precisamos de pessoas capazes, para fazer deste país um país forte, sério e respeitado.