FÁBRICA DE CIMENTO PAJEU EM CARNAÍBA FECHA SUAS POSTAS
Criada em 2013 pelo grupo Petribu, com promessa de gerar empregos na exploração do calcário na região, a fábrica DE Cimento Pajeú acabou sucumbindo a problemas de gestão e brigas na justiça.
A última, em junho do ano passado, entre a Mineradora Vale do Pajeú LTDA e a Mineradora MX LTDA.
A primeira, detentora da estrutura às margens da PE 320, acusou a MX de inadimplência, exigindo reassumir o espaço após um contrato de arrendamento.
A MX afirmou que o processo na justiça ainda se encontra em fase inicial.
Também que recorreu da decisão. A empresa, acusada de inadimplência no contrato de arrendamento, tratou a acusação como fake news.
Findado o imbróglio, nem mel nem cabaça. Nem a arrendatário fez a roda girar adequadamente, nem a titular assumiu pra valer o que construiu. Agora, a situação só piora por conta das questões trabalhistas. A redenção da cidade de Carnaíba e região virou um elefante branco.
Hoje, a unidade que fica à margem da Rodovia PE 320, na comunidade da Santa Rosa, na saída para a cidade de Flores, está de portas fechadas, apenas com um pequeno número de seguranças para evitar saqueamento.
Muitos trabalhadores que lá prestaram serviços recorrem à justiça para receber seus salários atrasados e direitos trabalhistas.
Na cidade não se encontra um escritório de representatividade da falida fábrica. Muitos ex funcionários tem que cobrar seus direitos no Ministério Público e no Ministério do Trabalho no intuito de informações sobre pagamentos e direitos.
12 anos depois a polêmica fábrica de cimento existe apenas em prédio, desapontando a esperança de muitos carnaibanos.
Desapropriaram na época, cerca de 20 famílias e destruíram o pequeno povoado da Santa Rosa, inclusive a capela da comunidade, tirando daqueles moradores suas terras que serviam para plantações, sobrevivência do gado e suas moradias. Perderam seus terrenos e casas e em trocas recebem (alguns deles), casas populares na cidade como forma de indenizações.