CASAL SUSPEITO DE MATAR CRIANÇA EM TABIRA É PRESO E HOMEM É ESPANCADO ATÉ A MORTE
O casal suspeito de torturar e matar o menino Arthur Ramos Nascimento, de 2 anos, foi preso na tarde desta terça-feira (18) na zona rural de Carnaíba, no Sertão de Pernambuco. Ao chegar na Delegacia de Tabira, Antônio Lopes foi espancado por populares e morreu enquanto era levado para um hospital.
Uma multidão arrancou literalmente o home nde dentro da viatura e espancaram. Já Giselda da Silva Andrade conseguiu escapar das agressões. O casal foi detido por policiais do 23º Batalhão da Polícia Militar (BPM) e do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (BEPI).
Eles estavam sendo rastreados pelo Setor de Inteligência da polícia, que monitorava o celular de Antônio Lopes, mais conhecido como “Frajola”. Os dois são os principais suspeitos pela morte da criança, que foi encontrada com marcas de agressões físicas e sexuais, segundo a mãe.
Antônio Lopes precisou ser levado para o Hospital Municipal Dr. Luiz José da Silva Neto e foi transferido para o Hospital Regional de Afogados da Ingazeira. Informações extraoficiais dão conta de que ele teria morrido antes de chegar na segunda unidade hospitalar.
O crime aconteceu na cidade de Tabira, também no Sertão, no domingo (16). Arthur Ramos estava sob os cuidados do casal desde dezembro do ano passado.
O menino foi encontrado por uma vizinha, que estranhou o fato de ele não ter se levantado da cama. Ao entrar na casa, percebeu marcas de cortes pelo corpo da vítima e acionou a Polícia Militar.
Arthur foi encaminhado para um hospital local com lesões em várias partes do corpo, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na unidade de saúde. O caso foi registrado como homicídio por violência doméstica/familiar e que um inquérito foi instaurado para investigar o crime.
De acordo com a delegada de Tabira, Joedna Soares, o menino já sofria uma série de agressões há um tempo e que o caso de domingo foi o ápice.
Ativistas dos direitos humanos tomaram as redes sociais para protestar contra o linchamento do suspeito de ter ass@ssinad0 o menino Artur, de apenas dois anos.
Os ativistas criticaram a ação da polícia ao levar o suspeito à delegacia da cidade onde o crime ocorreu, alegando que essa decisão foi irresponsável e contribuiu para a rápida mobilização da população, que cercou a delegacia disposta a fazer justiça com as próprias mãos. Para os defensores dos direitos humanos, a reação da comunidade, embora compreensível diante da dor causada pela tragédia, não justifica a violência e a falta de respeito à vida humana.
Em suas manifestações, os ativistas enfatizaram que o suspeito, independentemente das acusações, merece ser tratado com dignidade e ter acesso ao benefício da dúvida, assegurando que todos têm o direito a um julgamento justo. Eles pedem uma reflexão sobre a cultura da violência e a necessidade de fortalecer as instituições que garantem os direitos fundamentais de todos os cidadãos.
Em momento nenhum, desde o crime ocorrido com a criança, ativista dos direitos humanos se manifestaram em defasa da mãe da criança assassinada.
A secretaria de Defesa Social do estado emitiu nota sobre o linchamento dos acusados. Na nota diz:
Uma ação integrada entre as polícias Civil e Militar resultou na captura do casal suspeito de assassinar um menino de 2 anos, no município de Tabira.
A prisão dos suspeitos ocorreu na zona rural de Carnaíba. Eles foram conduzidos sob custódia, por um comboio policial, para a Delegacia de Polícia de Tabira, responsável pela investigação do caso.
Antes de chegar até a unidade policial, um grande grupo de populares arrebatou um dos presos da equipe policial e passou a realizar seu linchamento. O suspeito foi socorrido, mas veio a óbito na unidade hospitalar.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o linchamento e identificar quem participou da ação. A conduta do policiamento também será apurada. Ressaltamos que as diligências seguem para a total elucidação do crime contra o menor de idade.